Um estudo que verificará a disponibilidade hídrica superficial e subterrânea na Bacia do Alto Rio das Mortes foi lançado em Primavera do Leste (232 quilômetros ao sul de Cuiabá), com o objetivo de levantar dados que servirão de parâmetros para o desenvolvimento racional do Polo de Irrigação Sustentável do sul do Mato Grosso.
O levantamento conta com atores importantes dentro da cadeia da agricultura irrigável, como a Associação dos Produtores de Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigantes de Mato Grosso (APROFIR), a Universidade Federal de Viçosa (UFV), o Ministério de Desenvolvimento Regional (MDR), o Ministério da Agricultura, Abastecimento e Pecuária (MAPA), a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA), o Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) e demais instituições do Estado.
O presidente da APROFIR, Otávio Palmeira dos Santos destaca a importância dos dados que serão levantados não só para o polo, mas também para todo Mato Grosso. “Com este estudo nós poderemos chegar à conclusão de que estamos no caminho certo, se existe água a mais para irrigação e outros usos ou não”, alega também “necessitamos de uma resposta técnica-científica deste assunto”.
O contexto onde ocorrerá o estudo compreende a região mais antiga de agricultura irrigada do Estado, onde também já apresenta conflito de utilizadores de água, como explica o executivo da APROFIR, Afrânio Cesar Migliari.
A coordenadora-geral de Agricultura Irrigada do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), Pryscilla Bezerra Silva, destaca a união de esforços na questão da agricultura irrigada no âmbito público e da iniciativa privada. “É muito importante o estudo integrado para o desenvolvimento regional, onde trabalhamos todos em conjunto somando esforços, e assim diminuir as desigualdades sociais”, completou.
A Universidade Federal de Viçosa (UFV) estará à frente do estudo e receberá inicialmente por meio de convênio com MDR, um aporte de recursos para as atividades.
O pesquisador da UFV, Aziz Galvão da Silva Júnior será um dos coordenadores do estudo técnico-científico. “O trabalho será realizado de forma cooperativa com os parceiros locais, com o Polo de Irrigação Sustentável do sul do Mato Grosso, a APROFIR, a SEMA, o IFMT e outras instituições. O estudo será feito durante um ano, com sete metas a serem cumpridas, sendo um trabalho que envolve águas superficiais e subterrâneas, questão de inteligência territorial, irrigação, clima e governança. Efetivamente ocorrerão visitas a campo, reuniões e testes em visitas em parceiros”, comentou.
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