O presidente interino da Fiemt e deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) defendeu agroindustrialização como caminho para agregar valor à produção do campo, em evento do setor. Ele afirmou que Mato Grosso é a próxima fronteira industrial do país.
Segundo Avallone, “a agroindústria emprega mais de 47% dos trabalhadores industriais do estado, responde por quase metade do ICMS da indústria e por cerca de 5,9% do PIB estadual”. Para ele, milho e soja são indissociáveis do biocombustível. “Precisamos descarbonizar a economia. Nosso biocombustível é uma estratégia acessível, escalável e sem barreiras tecnológicas”, disse.
O prefeito de Sorriso, Alei Fernandes, reforçou o foco no valor agregado. “Aprendemos a abrir a terra e a plantar. Agora é hora de industrializar nossa produção”, disse. “Sorriso é a capital nacional do agronegócio. Somos modernos e dinâmicos. Integrar cadeias, industrializar grãos e gerar economia circular é o nosso movimento.”
O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), Geraldo Alckmin – presente ao evento – destacou a escala agrícola do estado e a agenda de valor agregado. “Transformar soja em biodiesel e milho em etanol, DDG e bioeletricidade garante emprego, renda e novas oportunidades”, afirmou. “O Brasil dá exemplo na transição energética. Ninguém tem 30% de etanol anidro na gasolina e 85% da frota flex como nós.”
Alckmin vinculou a política industrial ao campo. “A primeira missão da Nova Indústria Brasil é a agroindústria: agregar valor ao agro para gerar emprego e renda.” Ele disse ainda que vai se empenhar pelo avanço da Ferrogrão, ferrovia entre Sinop (MT) e Itaituba (PA). “Vou trabalhar para resolver os entraves jurídicos. Ferrovia reduz custo, substitui milhares de carretas a diesel e corta emissões de CO₂.”
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