O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja/MT), Fernando Cadore, cumpriu duas agendas importantes em Brasília, nessa semana, uma com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Marcos Montes, e outra com o de Meio Ambiente (MMA), Joaquim Leite. “Apresentei aos ministros questões internas e externas que impactam no custo de produção e que vêm refletindo em um reajuste generalizado em toda a cadeia produtiva. É importante entender que a conta não é apenas do produtor rural e que quem acaba pagando é a população, na prateleira do supermercado”, destacou Cadore.
Entre os temas na pauta com o Mapa estive o Plano Safra 2022/2023, o alto custo dos insumos agrícolas e, principalmente, os desafios da produção de grãos em Mato Grosso, que carece de estrutura da “porteira para fora” para se manter competitivo, demandando de logística adequada para escoamento da produção. Além disso, ele citou o impacto na quebra da safra de milho, com uma perda estimada em 4 milhões de toneladas (t) por conta da estiagem prolongada.
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Já na reunião-almoço com a Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Cadore apresentou ao ministro Joaquim Leite o trabalho pioneiro realizado pela Aprosoja/MT sobre sequestro de carbono na agricultura, já solicitando mecanismos de comercialização do produto em benefícios dos produtores mato-grossenses.
“Também sugerimos ao presidente da FPA, o deputado federal Sérgio Souza, que a Frente represente as multinacionais de fertilizantes na Organização Mundial do Comércio (OMC) por formação de cartel pelas altas sem precedentes deste insumo, caso contrário, poderá ocorrer um desabastecimento mundial de alimentos”, disse o presidente da Aprosoja/MT.