A produção industrial de Mato Grosso caiu mas ainda é destaque no País. Fechou o primeiro bimestre do ano com a maior evolução registrada no Brasil, atingiu alta anual de 26,5%, enquanto a média nacional apontou 5,8% em igual período de comparação. Os dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal (PIM Regional), divulgada pelo IBGE.
Além do saldo positivo, a pesquisa mostra ainda que em fevereiro o desempenho da indústria local também foi destaque ao apresenta variação positiva de 12,6% em relação ao mesmo mês do ano passado. Nesse comparativo, a expansão estadual também foi a maior registrada pelo IBGE no período.
Conforme a PIM Regional, foram destaques a performance de Mato Grosso (12,6%) e do Amazonas (11,3%). As expansões foram impulsionadas pelo comportamento positivo das atividades de produtos alimentícios, em Mato Grosso, e de bebidas e outros equipamentos de transporte, no segundo. Bahia (4,4%), Goiás (3,4%), Espírito Santo (1,6%), Rio de Janeiro (1,4%) e Minas Gerais (0,7%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.
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Mesmo com o saldo positivo deste primeiro bimestre, a pesquisa chama a atenção para a variação negativa de Mato Grosso em 2022. No comparativo mensal – fevereiro ante janeiro – o Estado lidera como principal influência negativa sobre o resultado nacional, com queda de 4,4%, após quatro meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou expansão de 32,8%. A queda vem do setor de alimentos, o mesmo que nos meses anteriores vinha trazendo crescimento com o fim do embargo da China à importação de carnes brasileiras. “Em fevereiro, vemos apenas uma redução na produção para adequação estratégica entre oferta e demanda”, observa o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
No acumulado do ano, houve queda em nove dos 15 locais, com destaque para Ceará (-20,1%) e Pará (-14,5%). “Ainda é cedo para analisarmos o resto do ano, mas podemos observar uma desaceleração da produção. Vale destacar que, no início de 2021, ainda tínhamos um caráter compensatório e a base de comparação era mais baixa que o período atual”, diz o analista da PIM Regional.
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