Na espera da primeira visita do técnico da Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT), os produtores Alberi Luiz Forgiarini e Wellington Maganha dos Santos abriram as porteiras de suas propriedades para receber o projeto “100 dias de Campo da ATeG, do Senar/MT”. Eles estão bastante animados e cheios de expectativa.
Os dois são produtores do município de Campo Verde (MT). O piscicultor Alberi Luiz Forgiarini conta que já foi atendido pela assistência técnica do Senar/MT, na cadeia produtiva do leite. “Sei como funciona. O atendimento é muito bom. A expectativa, agora com a piscicultura, é receber conhecimento. É mais que isso, é ter o acompanhamento técnico para melhorar a qualidade e aumentar a produção“.
Proprietário do Sítio Girassol, Alberi conta que tem quatro tanques com peixes já prontos para a despesca e um berçário. “Temos esta propriedade há mais ou menos oito anos, mas só agora resolvemos investir na piscicultura. Antes estávamos lidando com gado de corte“, conta. Segundo o piscicultor, a despesca, atualmente, é só para atender os amigos e alguns pesque-pague da região. “Temos a tabatinga e a tambaranha, que é uma mistura de caranha com tambaqui”.
Já Wellington Maganha dos Santos não conhece a ATeG. “Estou ansioso para ver o que o Senar/MT tem para me oferecer. Como não tenho conhecimento técnico e nem prático, a minha expectativa é conhecer melhor a parte de sementes, adubos e melhorar a qualidade do meu produto”.
Wellington conta que assumiu a propriedade recentemente. “Temos 14 estufas. Destas, 10 já estão produzindo e as outras quatro estão em fase de restauração”. Segundo ele, a produção no sítio Folhas do Campo é bem diversificada. “Produzimos cinco variedades de alface, agrião, hortelã, rúcula, cebolinha, salsa, coentro e até tomate. Mas o nosso principal gargalo ainda é a comercialização“.
CAMPO VERDE – O município tem cerca de 100 propriedades atendidas pela ATeG do Senar/MT. O gerente sindical e mobilizador do Sindicato Rural, Adair Hanzen, conta que os grupos começaram a ser atendidos em meados do ano passado. “Já temos assistência técnica para os olericultores, ovinocultores, piscicultores e para os criadores de gado de corte“.
Para Adair, a ATeG é uma forma de capacitar o produtor diariamente. “Com a assistência técnica também estamos conseguindo juntar mais os produtores dentro do Sindicato Rural. Costumamos brincar que a ATeG é a cereja do bolo. Até o fim deste ano devemos ativar pelo menos mais três grupos”.
Adair acrescenta ainda que a assistência técnica leva gestão para dentro da propriedade e, com isso, o produtor mais que aumentar a produção, ele aprende a melhorar a rentabilidade. “E isso impacta diretamente na economia do município. Estamos profissionalizando o negócio. Percebemos também um aumento na busca de mão-de-obra profissionalizada, o que também impacta na rentabilidade“.
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