A produção de grãos no Brasil na safra 2024/25 tende a registrar um aumento de 35,4 milhões de toneladas em relação ao ciclo anterior, chegando a 332,9 milhões de toneladas, segundo o 8º Levantamento da Safra de Grãos divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O volume, se confirmado, configura um novo recorde para a série histórica da Companhia. A área cultivada também deve crescer cerca de 2,2%, chegando a 81,7 milhões de hectares, enquanto a produtividade média tende a apresentar uma recuperação de 9,5%, com projeção de 4.074 quilos por hectare.
Com base nesses números, a expectativa para a segunda safra é alta. Mas, para que o bom desempenho no campo se traduza em rentabilidade, os produtores precisam tomar decisões estratégicas ainda neste momento. Robson Rizzon, Chief Commercial Officer da Orbia, aponta quatro pontos de atenção que podem definir os resultados da próxima safra:
PLANEJAMENTO: A BASE DO SUCESSO
O planejamento é a ferramenta mais poderosa à disposição do produtor. “Com o cultivo planejado, o produtor pode identificar o melhor momento para adquirir insumos, aproveitando janelas em que a relação de troca seja mais favorável e garantindo maior previsibilidade no manejo”, afirma Rizzon. A análise antecipada dos custos e variáveis como câmbio, taxa de juros e clima ajuda a proteger a rentabilidade.
CRÉDITO DIGITAL: ACESSO RÁPIDO, SEGURO E PERSONALIZADO
Opções de financiamento são essenciais para garantir a aquisição de insumos no momento ideal. “Com poucos cliques, o produtor pode ter acesso a crédito ajustado às suas necessidades, considerando sua capacidade financeira, cultura agrícola e região de atuação. É uma experiência completa, desburocratizada e ágil”, explica Rizzon.
ADOÇÃO DE TECNOLOGIAS E INSUMOS SUSTENTÁVEIS
A busca por eficiência passa também pelo uso de soluções sustentáveis. Em 2023/24, os gastos com produtos biológicos no Brasil chegaram a R$ 5 bilhões, com crescimento de 15% sobre o ciclo anterior. “Segundo levantamento da McKinsey, 70% dos produtores afirmam que pretendem manter ou aumentar os investimentos em biológicos. É uma tendência que veio para ficar”, destaca o CCO. Além disso, a digitalização tem transformado o acesso ao mercado, onde plataformas permitem a compra de insumos, acesso ao crédito e benefícios em um só ambiente, o que reduz riscos e aumenta a eficiência.
DEFENSIVOS GENÉRICOS: REDUÇÃO DE CUSTOS COM EFICIÊNCIA NO CAMPO
Outra alternativa que ganha força são os defensivos genéricos, que, segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), podem custar até 25% menos do que os produtos patenteados. “Essa opção impacta diretamente na lucratividade e no custo de produção, sem abrir mão da eficiência agronômica”, comenta o executivo.
Com um cenário de custos elevados e margens pressionadas, o planejamento de médio e longo prazo será essencial para os produtores. A safra 2024/25 representa uma oportunidade para consolidar boas práticas, incorporar tecnologias e fortalecer a competitividade da agricultura brasileira, mesmo diante de um mercado desafiador.
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