Em dez meses do Plano Safra 2021/2022, Mato Grosso – maior produtor nacional de grãos e algodão – já demandou R$ 23,4 bilhões em crédito rural. As cifras representam 39% de tudo que foi movimentado no Centro-Oeste, cerca de R$ 60,70 bilhões, distribuídos em quase 115 mil contratos.
No País foram financiados R$ 230,2 bilhões, correspondendo a 1,5 milhão de contratos de crédito rural. O número representa alta de 22% no valor da contratação em relação ao mesmo período da safra anterior. Os números fazem parte do Balanço de Desempenho do Crédito Rural, divulgado pela Secretaria de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
Conforme dados do Mapa, o financiamento da safra atual no Centro-Oeste ficou assim dividido: Mato Grosso é o que contratou, representando 39% do total regional, na sequencia está Goiás com 37% e Mato Grosso do Sul com 24% do total.
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Do total desembolsado no País, no crédito rural no período de julho/2021 a abril/2022, foram destinados R$ 122,3 bilhões para custeio (19%) e R$ 65,3 bilhões para os investimentos (13%). A comercialização teve alta de 51%, correspondendo a R$ 28 bilhões. Já a industrialização teve acréscimo de 42%, com desembolso de R$ 14,4 bilhões.
No que se refere aos desembolsos por região, o Norte tem se destacado com incremento de 35% no valor das contratações, correspondendo a R$ 17,6 bilhões. O Sul contribuiu com R$ 75,9 bilhões (21%) e o Centro Oeste com R$ 60,7 bilhões das contratações, aumento de 16%. Os produtores do Sudeste corresponderam a R$ 55,9 bilhões (25%) e o Nordeste com R$ 20 bilhões (23%).
As fontes de recursos mais representativas foram os Recursos Obrigatórios (R$ 48,4 bilhões e 27%), a Poupança Rural Controlada (R$ 47,6 bilhões e 17%) e a LCA (R$ 40,9 bilhões e 34%).
PLN 01/2022 – Aguarda sanção presidencial o PLN 01/2022, que destina R$ 868,49 milhões para o Plano Safra, aprovada pelo Congresso Nacional no último dia 28. Os recursos irão atender financiamentos do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), e operações de custeio, de comercialização, e de investimento voltadas ao atendimento do Plano Safra 2021/2022.
Os recursos para o pagamento das equalizações aos agentes financeiros apresentam perspectivas favoráveis para que as operações de crédito rural voltem à normalidade.