O crescimento acelerado da produção de etanol de milho no Brasil, especialmente em Mato Grosso, se tornou a força do setor no estado com impactos positivos da cadeia produtiva na economia e no desenvolvimento regional, o presidente da União Nacional do Etanol de Milho (Unem), Guilherme Nolasco.
Segundo Nolasco, o crescimento da produção está ligado à grande oferta de milho, o que torna Mato Grosso uma região atrativa para investimentos. Além de fortalecer a economia local, o setor gera empregos, movimenta a economia e reforça o papel do estado como protagonista no cenário agrícola.
“Mato Grosso é hoje responsável por cerca de 60% da produção nacional de etanol de milho. Neste ano, devemos produzir em torno de 6 bilhões de litros, o que representa o consumo de aproximadamente 14 a 15 milhões de toneladas de milho. Esse avanço está diretamente relacionado à grande oferta de milho no estado, à limitação da logística para exportação e à baixa demanda do mercado interno, tornando Mato Grosso altamente atrativo para os investimentos industriais”, afirmou Nolasco.
Ele também enfatizou que os benefícios da cadeia do etanol de milho vão além do agronegócio, ajudando no desenvolvimento de empregos e trabalhando lado a lado do produtor rural. “Na fase de construção das plantas industriais, são gerados entre 1.000 e 1.500 empregos. Depois disso, há um impacto contínuo nos setores logístico, de serviços e de operação. É uma verdadeira transformação, pois agregamos valor ao excedente exportável, geramos empregos, impostos e criamos uma relação de longo prazo com o produtor rural”, enfatizou.
Para o presidente da Unem, Guilherme Nolasco, o fortalecimento do setor e o papel dos subprodutos na cadeia produtiva é fruto de parceria entre indústria e produtor, o que é fundamental para consolidar o segmento que está alinhado às duas grandes agendas do Brasil: a transição energética e a segurança alimentar.
“O Brasil possui duas grandes agendas que são a transição energética e a segurança alimentar. O etanol de milho contribui diretamente com ambas. O DDG e o DDGS, que são a parte sólida da produção do etanol e são transformados num componente altamente proteico e rico em energia, usado na dieta e até na ração dos animais. Também temos o óleo que é extraído, que também pode ser utilizado na produção animal, para o consumo humano e na produção de biodiesel. E o etanol, é esse biocombustível rico e limpo que nós usamos na nossa matriz energética”, explicou Nolasco.
E afirmou: “O etanol de milho tem crescido exponencialmente como parceiro do produtor rural. “Nós criamos um relacionamento de confiança, um relacionamento de longo prazo. Crescemos trabalhando junto com o produtor. É uma atividade que gera emprego, renda e impostos para os estados onde está presente. É uma relação onde todos ganham. O setor contribui com a pecuária, com os florestamentos, com os produtores de soja e milho”, afirmou.
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