Sorriso, Diamantino, Campo Novo do Parecis e Sapezal são os representantes mato-grossenses no ‘Clube do Bilhão’ do valor adicionado bruto da Agropecuária brasileira do Produto Interno Bruto (PIB) dos Municípios, referente a 2019, divulgado na semana passada pelo IBGE. Em um ranking nacional com dez municípios, quatro são de Mato Grosso. Ampliando a lista, entre os cem maiores PIB´s do agro nacional, 21 deles são do Estado.
Sorriso é destaque na produção de soja e milho. Anualmente, cerca de 600 mil hectares são destinados ao cultivo da oleaginosa, sendo a maior superfície no mundo, para um único município.
Conforme a publicação, São Desidério (BA) tem o maior valor adicionado da Agropecuária, com R$ 1,57 bilhão. Na sequencia, o segundo maior do Brasil, é Sorriso com R$ 1,46 bilhão. Ainda dentro do ‘Clube do Bilhão’ estão Diamantino, R$ 1,36 bilhão, Campo Novo do Parecis, R$ 1,32 bilhão e Sapezal, R$ 1,26 bilhão. Representam Mato Grosso entre os cem maiores: Sorriso, Diamantino, Campo Novo do Parecis, Sapezal, Nova Mutum, Campo Verde, Nova Ubiratã, Primavera do Leste, Lucas do Rio Verde, Campos de Júlio, Itiquira, Paranatinga, Querência, Canarana, Brasnorte, Tapurah, Ipiranga do Norte, Denise, Alto Taquari, São Félix do Araguaia e Barra do Brugres.
Em 2019, cerca de ¼ vinha de 149 municípios, dos quais 96 (64,4%) estavam no Sul e no Centro-Oeste, ancorados na produção de soja e cana-de-açúcar.
“Na análise segundo as regiões rurais (conjunto de municípios, sendo que um deles contém o polo urbano onde se procuram insumos e para onde se remetem os produtos agropecuários), os maiores valores adicionados brutos estavam no sul do país, sendo a soja a principal atividade, com destaque para as regiões rurais das capitais regionais de Passo Fundo/RS, de Cascavel/PR e de Ponta Grossa/PR”, pontua a publicação do IBGE.
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A FORÇA DO AGRO – Além de contribuir para o total do PIB de Mato Grosso, que em 2019 foi estimado pelo IBGE em R$ 142,12 bilhões, os municípios dos ‘agro ‘ – como são chamados – também fazem a diferença, de forma positiva, para dar novo destaque à economia local: entre os 100 maiores PIB’s Per Capita do Brasil. A renda per capita é obtida mediante a divisão da Renda Nacional pelo número de habitantes do país, estado ou município.
Nessa relação, Mato Grosso tem nove representantes. A melhor posição nacional é Campos de Júlio com PIB Per Capita de R$ 193,80 mil por habitante. É o 25° maior do País e o segundo do Centro-Oeste.
Os oito restantes são: Santa Rita do Trivelato, R$ 150,42 mil, Diamantino, R$ 111,19 mil, Nova Ubiratã, R$ 108,28 mil, Sapezal, R$ 100,07 mil, Itiquira, R$ 96,86 mil, Campo Novo do Parecis, R$ 96,18 mil, Ipiranga do Norte, R$ 95,78 mil, Porto dos Gaúchos, R$ 94,50 mil.
Já entre os maiores 30 PIB’s do Centro-Oeste, a preços correntes de mercado, Mato Grosso conta com quatro representantes, Cuiabá, quarta posição no ranking com R$ 24,62 bilhões, Rondonópolis na sétima colocação com R$ 11,34 bilhões. Várzea Grande com R$ 8,59 bilhão é 11ª no regional e Sinop, 13º, com R$ 6,59 bilhões.
DESTAQUES – Conforme o IBGE, em 2019, ¼ do PIB do país vinha de apenas oito municípios e o líder em participação era São Paulo (SP) responsável por 10,3% do PIB do país que, naquele ano, chegou a R$ 7,4 trilhões. Já o município com o maior PIB per capita foi Presidente Kennedy (ES), com R$ 464.883,49.
No ano de referência, oito municípios somaram 24,8% do PIB do Brasil e 14,7% da população: São Paulo (SP) com 10,3%; Rio de Janeiro (RJ) com 4,8%; Brasília (DF) com 3,7%; Belo Horizonte (MG) com 1,3%; Curitiba (PR) com 1,3% e, com 1,1% cada, Manaus (AM), Porto Alegre (RS) e Osasco (SP). Em 2002, apenas quatro municípios somavam quase ¼ da economia nacional.
Os 70 municípios com os maiores PIBs reuniam pouco mais de 1/3 da população brasileira e concentravam quase a metade do PIB do país. Já os 1.345 municípios de menores PIBs responderam por cerca de 1,0% do PIB nacional e por 3,1% da população. Entre estes, estavam mais da metade dos municípios do Piauí (153) e da Paraíba (135).
A análise da distribuição do PIB por concentrações urbanas (arranjo populacional com mais de 100 mil habitantes, reunindo uma ou mais cidades com alto grau de integração, devido aos deslocamentos para trabalho ou estudo) permite verificar que ¼ da produção econômica do país, em 2019, estava em apenas duas dessas concentrações: São Paulo/SP (17,0%), onde se situa, entre outros, o município de Osasco (SP); e Rio de Janeiro/RJ (7,9%).
As 10 maiores concentrações urbanas brasileiras compõem cerca de 42,8% do PIB, sendo elas: São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Brasília/DF, Belo Horizonte/MG, Porto Alegre/RS, Curitiba/PR, Campinas/SP, Salvador/BA, Recife/PE e Fortaleza/CE.