As exportações de carne bovina mato-grossenses em agosto/25 se mantiveram próximas em relação a julho/25, mesmo após o tarifaço do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que impôs sobretaxa de 50% aos produtos da pauta brasileira. Conforme dados da Secretaria do Comércio Exterior (Secex), analisados pelos técnicos do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), houve alta mensal de 0,22%.
Como explicam os analistas do Imea, foram enviadas 89,68 mil toneladas em equivalente carcaça (TEC), representando o maior volume já enviado pelo estado. Além disso, o preço médio por carne exportada, que foi de US$ 4.368,59/t, resultou no faturamento de US$ 391,80 milhões em agosto/25. “Cabe ressaltar que a demanda chinesa ainda se mantém aquecida, com aumento de 1,71% em relação a julho/25, mas um ponto de destaque foi a Rússia, que ultrapassou os Estados Unidos nas exportações totais, sendo responsável por 6,47% de toda exportação de carne bovina Mato Grosso em 2025”, destacam os analistas.
Por fim, o aumento na demanda externa no segundo semestre tende a aumentar a intensidade da alta nos preços do boi gordo, dado que a demanda interna também é maior neste período, conforme acrescentam os analistas.
ABATES – Mato Grosso alcança volume recorde no abate de novilhas em agosto. Em agosto/25, Mato Grosso enviou para abate 660,74 mil cabeças bovinas, avanço de 0,65% em relação a julho/25, conforme dados do Indea analisados pelo Imea. Assim, a participação de fêmeas foi de 45,62% no total de bovinos abatidos, retração de 5,05 pontos percentuais (p.p.) no comparativo mensal. O destaque ficou para as novilhas entre 12 e 24 meses, cujo abate atingiu 117,47 mil cabeças, recorde histórico para a categoria e alta de 7,26% frente ao mês anterior, equivalente a 38,97% do total de fêmeas abatidas.
“Esse resultado evidencia o avanço da terminação de novilhas em Mato Grosso, favorecida pela evolução dos sistemas de engorda (TIP e confinamento) e pelo aumento no uso do melhoramento genético dos rebanhos. Com isso, a participação das novilhas nos abates do estado vem ganhando relevância ano a ano, demonstrando o avanço produtivo do estado na produção de carne”.
LATERALIZOU – A arroba do boi gordo a prazo no estado foi cotada em média a R$ 306,51/@, recuo de 0,32% no comparativo semanal, resultado do alongamento das escalas.
VALORIZOU – O preço do boi magro de 12@ aumentou 2,15% entre as semanas, sendo cotado a R$ 357,00/@, resultado da maior procura pela categoria para o confinamento.
CAIU – Com perspectiva de queda no mercado físico, o contrato com vencimento em set/25 (B3) foi cotado em média a R$ 313,81/@, recuo de 1,56% no comparativo semanal.
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