A equipe de analistas de mercado da Consultoria TF Agroeconômica acredita que o preço da soja pode se manter nos altos patamares registrado em 2022, e vai além: “Sentimos que uma combinação de fatores de alta se desenvolveu – que poderia atuar como um trampolim para preços mais altos em 2023 – mesmo do nível já historicamente alto de US$ 15”, conforme publicado no Agrolink.
Entre esses fatores, os especialistas apontam a queda do dólar norte-americano e a reabertura da China devem melhorar as perspectivas de exportação. Mencionam também “uma Argentina assolada pela seca” que pode reduzir substancialmente a safra sul-americana. Elencam ainda como fator altista uma economia resiliente, que pode evitar uma recessão – impulsionando todas as commodities. E, por fim, citam os estoques globais mais baixos em seis anos, que continuam a sustentar o mercado.
Ainda de acordo com os especialistas, o mercado está “acompanhando de perto o clima da América do Sul e, enquanto o Brasil ainda está bem, a Argentina pode ter chances de chuva”. Por outro lado, o farelo de soja está mais baixo, enquanto o óleo está mais alto, apesar do petróleo ter caído um dólar, mas o valor do grão moído ainda está $3,20/bushel acima do não triturado com base nos futuros de março.
Leia também: Exportações do agro registram receita inédita para novembro e seguem com recordes em MT
ATUALIZAÇÃO – Conforme a Agência Safras, os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Mercadorias de Chicago (CBOT) fecharam a terça-feira com preços mais baixos. As chuvas registradas na Argentina, a queda do petróleo, a alta do dólar frente a outras moedas e o resultado fraco das inspeções de exportação dos Estados Unidos determinaram o recuo na primeira semana sessão do ano.
De todo modo, especulações acerca da safra sul-americana seguem direcionando o mercado da soja, mercado esse bastante volátil nesse início de ano.