Com um potencial estimado em R$ 1 bilhão por ano, o mercado de biogás e biometano, em Mato Grosso, ainda é praticamente inexplorado.
Segundo Ricardo Müller, especialista do segmento, a adoção do biogás e do biometano pode representar ganhos expressivos. “Temos casos fora de Mato Grosso em que o biogás impacta de 10% a 40% na lucratividade das empresas. Ao transformar resíduos em ativos energéticos, a indústria reduz custos com tratamento e aumenta sua competitividade”.
Para o diretor regional do Senai MT, Carlos Braguini, eventos como este reforçam o papel da instituição na transferência de tecnologia e inovação. “Temos profissionais e infraestrutura para apoiar de forma impactante e relevante o desenvolvimento de Mato Grosso”.
O gerente de HSQ da Nutribras, Jonas Anello, ressaltou que a empresa já utiliza biodigestão desde 2000, mas vê no biometano uma oportunidade estratégica. “Sempre transformamos o biogás em energia elétrica, mas enxergamos um grande potencial em convertê-lo em biometano como combustível veicular, especialmente para frotas e logística. A nossa expectativa é unir quem tem potencial de produção com quem tem potencial de consumo, criando redes de comercialização que tornem o biometano uma realidade em Mato Grosso”.
O representante da Uisa, Danilo Beraldi, apontou a distribuição como principal desafio. “Nosso maior desafio é a logística: em Nova Olímpia não temos gasoduto próximo, o que exige transporte terrestre e aumenta custos. Vemos aqui a oportunidade de criar, junto com o Senai, o governo e as empresas, um comitê que conecte produtores e consumidores, viabilizando a distribuição e tornando o biometano um negócio realmente sustentável”.
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