Representantes dos setores agrícola, pecuarista e madeireiro estiveram reunidos com o governo para discutir sobre o decreto 420 que é referente ao Programa de Regularização Ambiental (PRA) e medidas de combate ao desmatamento ilegal.
O objetivo da reunião foi discutir pontos de divergência na legislação. O governo mostrou disposição em dialogar com o setor interessado.
Os produtores questionam cinco dos 71 artigos do decreto, como as regras para roçada, o uso do correntão em desmatamento e a compensação de áreas fora do Estado. Ao fim do encontro, ficou definido que os setores vão formalizar os questionamentos junto à Secretaria do Meio Ambiente (Sema) até sexta-feira (11). Uma nova reunião será realizada no dia 23 de março para que o governo se manifeste sobre esses questionamentos.
“Vamos abrir um diálogo para que a gente possa viabilizar possíveis alterações ou não. Vai depender da análise da legalidade disso. Esta foi uma oportunidade para o governo colocar e esclarecer sua posição e tomar conhecimento dos dispositivos que estão trazendo desconforto ao produtor. Vamos tentar compatibilizar todos esses interesses”, avaliou a secretária de Estado de Meio Ambiente, Ana Luiza Peterlini.
Júlio Rocha, diretor da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), afirmou que tanto o governo quanto os produtores estão trabalhando numa direção única. “A secretária se mostrou bastante receptiva. Prometeu olhar com mais cuidado e procurar atender os interesses de todos.”
Também participaram do encontro a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Mato Grosso (Famato), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Associação Mato-grossense do Algodão (Ampa) e Centro das Indústrias Produtoras e Exportadoras de Madeira do Estado de Mato Grosso (Cipem).
Desde que foi publicado o decreto, no dia 5 de fevereiro, a secretária Ana Luiza tem recebido representantes de todos os segmentos do agronegócio e do poder legislativo estadual. Apenas na semana passada, foram realizadas três reuniões para esclarecer e acatar demandas.