A logística reversa é o retorno, à cadeia produtiva, dos materiais descartados após o consumo, com a finalidade de reciclar e reaproveitar. Para que esse processo funcione, todos os atores da cadeia produtiva têm responsabilidades, inclusive os consumidores. Para discutir o assunto, a Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e o Sindicato da Indústria de Reciclagem do Estado de Mato Grosso (Sindirecicle) reuniram industriais, empresários, recicladores e demais interessados no 1º Encontro Logística Reversa de Mato Grosso – Desafios, novas perspectivas e exemplos de sucesso, realizado ontem, na sede entidade.
Processo abrange conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos. Fazendo um panorama sobre o tema em nível nacional, o advogado e consultor da ONU, Fabrício Soler, destacou a importância da responsabilidade compartilhada. “Logística reversa é obrigação do setor empresarial e de empresas de todos os portes e não da indústria somente. Por isso, se fala em responsabilidade compartilhada”, pontuou o palestrante, destacando as preocupações, os cuidados e os desafios relacionados à implementação do sistema de logística em âmbito estadual, dando como exemplo o setor de
Na palestra “Regulamentação da Logística Reversa em Mato Grosso”, a secretária adjunta da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema/MT), Lilian Santos, afirmou que o Estado é o ente regulador, mas sozinho ele não consegue executar a tarefa. Segundo ela, o Estado, por meio da Sema, tem a responsabilidade de regulamentar, criar leis, decretos na regulamentação de como pode ser feito esse.
“Para isso, é importante que todos estejam engajados, porque é uma oportunidade muito grande de geração de renda, por meio do que recolhido e do que pode ser reciclado. Precisamos que as indústrias e quem, efetivamente, faz a reciclagem esteja junto conosco para ajudar a criar a melhor forma disso acontecer. Existe um campo bastante fértil neste sentido, temos bons exemplos já, mas ainda temos muito em que avançar”, declarou.
O presidente do Sindirecicle, Rodrigo Crosara, lembrou que o advento de decreto estadual e da lei municipal em discussão trouxe ainda mais urgência da discussão entre os atores de toda a cadeia produtiva. “Por isso, convidamos especialistas, juristas, todos que participam da ecossistema da logística reversa, com o intuito de explicar como fazer, quem tem que fazer e as consequências de não se fazer. Servir também de alerta, pois precisamos estar cientes do que está vindo por aí, para poder tomar as melhores decisões”.
Já o superintendente da Fiemt, Mauro Santos, destacou que esse é um tema que desafia todos. “Conseguimos reunir mais de cem pessoas e entidades que atuam com logística reversa de embalagens para discutir com especialistas nacionais e autoridades locais do meio ambiente o papel de cada um. Além de contribuir com a indústria e munir os empresários industriais com informações a respeito desse tema tão importante”.
Ele ressaltou que está tramitando na Câmara de Cuiabá um projeto lei para substituir a atual política de logística reversa do Município. A proposta, de autoria do vereador Mário Nadaf (PV), foi construída com o apoio da Fiemt e deve ser votada ainda nesta semana.
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