A soja mato-grossense fechou o mês de novembro mais competitiva quando comparada à soja norte-americana. Como observa o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), no mês passado a diferença de base entre as duas cotações voltou a ficar negativa, projetada em R$ -6,99 a saca.
Em outras palavras, ficou quase R$ 7 mais barato comprar a soja brasileira do que a produzida nos Estados Unidos, graças à defasagem entre as cotações.
“Com a colheita praticamente finalizada nos EUA e a menor pressão da entrada de oferta sobre a Bolsa de Chicago, o grão mato-grossense voltou a ser mais competitivo quando comparado ao grão norte-americano”, reforçam os analistas do Imea.
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Além disso, na última semana, as cotações da soja exibiram alta de 5,17% na em Chicago, influenciado pelo aumento nas cotações do trigo, uma vez que a Austrália – uma das maiores produtoras do cereal – enfrenta adversidades climáticas na safra, bem como a alta nas cotações do óleo de soja nos EUA. “Desse modo, se comparado a diferença de base entre as cotações em Mato Grosso e a Bolsa de Chicago no ano passado, o cenário se mostra oposto. Isso porque, naquele mesmo período, o grão mato-grossense estava R$ 34,77/sc mais caro em 2020, sob influência da forte demanda e menor disponibilidade no mercado interno, o que impulsionou cotações recordes para o Estado”, destacam os analistas.
A safra 2020/21 de soja, em Mato Grosso, finalizou dezembro com cerca de 98% da produção – de mais de 36 milhões de toneladas – comercializada até a virada do mês.