Desde a virada do mês, os valores de bomba para o etanol hidratado vêm registrando baixas ao longo das semanas, em postos de Cuiabá e Várzea Grande. Nos últimos dias – de 13 a 16 -, por exemplo, o valor de bomba chegou a R$ 4,47 ante um registro de R$ 4,57/4,53 na semana passada, conforme monitoramento semanal do MT Econômico. As retrações estão sendo influenciadas pelo início da moagem da safra de cana-de-açúcar que tende a ampliar a oferta do biocombustível.
Na ponta do lápis há fôlego de cerca de até R$ 0,40 por litro, ou queda de 7,80%. Essa diferença leva em conta os registros de preços, em menos de um mês, o litro passou de até R$ 4,87 nas revendas das duas cidades para até R$ 4,47.
Em relação à gasolina, o valor médio da gasolina segue estável, mesmo que em cifras recordes para as duas cidades, na casa de R$ 6,89/R$ 6,99 e até R$ 6,77. Em qualquer desses cenários de preços de bomba, o valor mantém a relação 70/30 benéfica ao etanol, cujo preço representa cerca de 64% do que é cobrado pelo litro do derivado de petróleo. Desse modo, há vantagem financeira por quem optar pelo biocombustível. Aliás, com o início da safra de cana a tendência é que o etanol se mantenha competitivo considerando a viabilidade financeira da relação 70/30.
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TICKET LOG – Em abril, os postos de abastecimento do Centro-Oeste registraram o menor preço médio em território nacional para o litro do etanol. O combustível foi comercializado a R$ 5,580, porém, na comparação com o fechamento anterior, as bombas registraram um acréscimo de 5,86%. No recorte por Estado, o Distrito Federal se destacou ao apresentar as maiores médias para o combustível (R$ 6,229), além do aumento de 4,48%, em relação a março.
Em contrapartida, Goiás apresentou o menor preço médio para o etanol em abril (R$ 5,219). Ainda assim, o Estado registrou o maior aumento da região para o combustível (6,86%), seguido de Mato Grosso (6,70%), Mato Grosso do Sul (5,75%) e Distrito Federal (4,48%).
O Distrito Federal apresentou a maior alta do País para a gasolina (4,45%), que foi comercializada pelo maior preço médio nos postos da região, a R$ 7,768. Já Mato Grosso, apesar do acréscimo de 1,72%, distribuiu o litro do combustível pelo menor preço médio da região, a R$ 7,292.
“Assim como no levantamento anterior, quando falamos sobre o preço do etanol, o Centro-Oeste mantém o cenário positivo em relação às outras regiões. Os motoristas que abastecem em Goiás e Mato Grosso e quiserem optar por uma alternativa menos pesada para o bolso podem utilizar o etanol, que, quando comparado à gasolina, é mais vantajoso. No Distrito Federal e no Mato Grosso do Sul, o cenário é o inverso, e a gasolina é a alternativa que mais compensa, segundo o IPTL”, aponta Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.
O diesel comum e o diesel S-10 foram comercializados com as maiores médias nos postos de abastecimento de Mato Grosso, a R$ 7,055 e R$ 7,224, respectivamente. Já o Mato Grosso do Sul apresentou o menor preço médio para ambos os combustíveis: R$ 6,769 o tipo comum e R$ 6,850 o tipo S-10. No balanço nacional, o comum foi distribuído a R$ 6,871, e o S-10, por R$ 6,987.
O IPTL é um índice de preços de combustíveis levantado com base nos abastecimentos realizados nos 21 mil postos credenciados da Ticket Log.
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