O volume de vendas do comércio varejista cresceu 4,3% em Mato Grosso, no período de janeiro e fevereiro desse ano, segundo a mais recente Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada pelo IBGE. Com esse desempenho, o Estado encerra o primeiro bimestre do ano com a melhor performance do setor dentro do Centro-Oeste.
Nesse mesmo período de comparação, Mato Grosso do Sul acumula alta de 3,7%. Já Goiás e o Distrito Federal fecharam o período com retrações de -3,8% e 3,2%, respectivamente.
Ainda em relação ao desempenho do varejo mato-grossense, Mato Grosso aponta com o oitavo melhor resultado do período, no País, indo até mesmo à contramão do registrado na média nacional, com queda de 0,1% neste primeiro bimestre.
Conforme a PMC, Mato Grosso teve alta de 2,1% na passagem de janeiro para fevereiro, de 2,9% em relação a fevereiro do ano passado e de 4,3% neste primeiro balanço bimestral.
Na comparação com janeiro, o volume de vendas do comércio varejista foi positivo em 26 das 27 unidades da federação, com destaque para Amapá (8,0%), Rondônia (8,0%) e Acre (5,9%). Somente Tocantins teve resultado negativo (-3,7%).
Já frente a fevereiro de 2021, o varejo teve resultados positivos em 18 unidades da federação, principalmente Amazonas (21,5%), Roraima (17,8%) e Acre (16,5%). No campo negativo, estão nove unidades da federação, entre elas, Pernambuco (-7,7%), Sergipe (-7,0%) e PiauÍ (-5,0%).
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BRASIL – No País houve expansão de 1,1% em fevereiro, na comparação com o mês anterior (2,1%), segunda alta consecutiva. Com isso, o setor está 1,2% acima do patamar pré-pandemia, e 4,9% abaixo do pico da série (outubro de 2020). No ano, o varejo acumula variação de -0,1%. Já nos últimos 12 meses, cresceu 1,7%.
Seis das oito atividades pesquisadas tiveram taxas positivas em fevereiro. Embora o setor de livros, jornais, revistas e papelaria tenha crescido 42,8%, os maiores impactos vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%).
Segundo o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, as atividades voltadas a livros, jornais, revistas e papelaria vêm, ao longo do tempo, diminuindo. Basta observar as grandes cadeias de livrarias, por exemplo. É uma atividade que vem perdendo importância no varejo por conta dos grandes marketplaces, que vendem livros online, mas não estão inseridos nessa categoria.
“O que segurava a atividade era o mercado de livros didáticos, que foi bastante afetado pela pandemia com o ensino online e a migração do material impresso para o meio digital. Ocorre que no início deste ano houve uma retomada relacionada, principalmente, com os grandes contratos de livros didáticos. Esse avanço, porém, não foi suficiente para recuperar os níveis anteriores, já que algumas atividades didáticas continuam no ambiente online”, explica Cristiano Santos.
Assim, as principais contribuições para o resultado do varejo em fevereiro vieram de combustíveis e lubrificantes (5,3%), móveis e eletrodomésticos (2,3%), tecidos, vestuário e calçados (2,1%).
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