O presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, apresentou os resultados do banco na Habitação em 2021. O executivo anunciou que o banco terá, este ano, um crescimento de pelo menos 10% em relação a 2021. De acordo com ele, janeiro já começou com recorde histórico. “Teve recorde em financiamentos próprios, da poupança, e recorde do financiamento da habitação popular, porque basicamente todos os projetos do programa Casa Verde e Amarela são realizados pela Caixa. Porque nós sabemos fazer e temos o balanço mais sólido”, disse.
A evolução de contratações, no período de janeiro a dezembro de 2021, resultou em R$ 140,6 bilhões. O número representa 21% a mais que em 2020, 56,1% a mais que em 2019 e 74,5% a mais que em 2018. Segundo Guimarães, em 2021, foram 616.019 unidades habitacionais e 2,46 milhões de pessoas com casa nova. Desse total, R$ 1,4 bilhão, em crédito, foi concedido somente em Mato Grosso.
Segundo os resultados divulgados sobre Habitação em 2021, foram R$ 346,8 bilhões em valores contratados, 1,80 milhão de imóveis financiados, 6.816 novos empreendimentos contratados e 862.162 unidades contratadas. Além disso, são 7,16 milhões de pessoas com casa nova e 2,45 milhões de empregos diretos e indiretos.
A carteira de crédito imobiliário da Caixa conta com R$ 553,8 bilhões. São 6,01 milhões de contratos ativos, 7,59 mil obras em andamento e 1,01 milhão de unidades em produção. Além de 66,3% em market share da carteira – novembro de 2021.
“Nenhum banco chega perto disso. Pelo contrário, se somar o crédito imobiliário de todos os demais bancos, não chega nem próximo do valor da Caixa Econômica Federal”, disse o presidente da Caixa.
Já sobre a evolução de contratações pelo Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), de janeiro a dezembro de 2021, foram contratados R$ 82,8 bilhões. O número representa 54% a mais que em 2020, 212,1% a mais que em 2019 e 513,4% que em 2018.
“Esse crescimento vem porque o balanço da Caixa está mais sólido do que nunca. Temos um volume de financiamento potencial dado pela poupança, que é recorde. Isso significa mais crédito imobiliário, mais empregos, e que mais gente possa ter acesso à casa própria”, afirmou.
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PESO NO ORÇAMENTO – De acordo com a avaliação da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), paralelo à divulgação do resultado da maior concessão de crédito imobiliário no País, um ponto foi na contramão: o custo de construção nos últimos dois anos aumentou 50%, vários fatores aconteceram para que se chegasse nessa patamar: aumento da demanda mundial, baixa produção ou redução da produção de insumos, aumento do dólar, Fazendo com que seja mais interessante exportar do que vender pro mercado interno, entre outros.
“O que chama à atenção é que mesmo aumentando o custo dos imóveis, com conseqüente alta aos clientes, as vendas não diminuíram. Neste mesmo período o crédito imobiliário aumentou cerca 21% de 2020 para 2021. Ou seja, mesmo com o repasse do aumento do custos nos imóveis, os brasileiros, incluindo os mato-grossenses não deixaram de comprar ou mudar para um novo imóvel”, aponta e entidade.
Para a CBIC, fator determinante para que isso aconteça é a oferta expressiva de crédito com taxas atrativas, abaixo de dois dígitos. “Isso faz com que as ofertas aconteçam e os clientes possam optar pela melhor escolha. No Estado, por exemplo, o R$ 1,4 bilhão de crédito imobiliário movimentou a venda de 7mil novos imóveis”.
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