Pesquisa que mede o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) na capital mato-grossense atingiu 138,1 pontos em março e encerrou o primeiro trimestre no ano com o melhor resultado. Analisando os últimos 13 meses, o índice atual está atrás apenas do verificado em setembro do ano passado, quando somou 138,2 pontos. Os dados são da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e analisados pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio no Estado (IPF/MT).
O diretor de Pesquisas do IPF/MT, Maurício Munhoz, afirmou que o resultado atual demonstra uma alta taxa de otimismo do comércio. “Não somente Mato Grosso, mas a região Centro-Oeste ocupa o segundo lugar do índice de confiança do empresário do comércio, ou seja, o que ajuda a explicar o cenário positivo da economia no Estado”.
Ainda segundo o IPF/MT, a alta mensal foi de 0,5% sobre fevereiro, quando registrou queda de 0,4% sobre o mês imediatamente anterior. Ainda assim, o índice atual está 11,9% maior se comparado a março do ano anterior, quando atingia 123,4 pontos. As Condições Atuais da Economia ajudaram a puxar o crescimento da pesquisa no ano, que foi de 35%, seguido do Situação Atual dos Estoques, que apresentou melhora de 24,9% também na variação anual. Ambos os componentes da pesquisa saíram do patamar de pessimismo e chegaram à situação de otimismo por parte dos empresários do comércio.
Munhoz reforça, ainda, o bom desempenho obtido na pesquisa neste primeiro trimestre do ano. “O Icec exibe um cenário econômico satisfatório, tendo em vista a atual situação que enfrentamos com o conflito da Rússia e a Ucrânia. O índice de março é o maior do ano e o melhor dentre os seis meses anteriores, logo, apesar das oscilações devido a fatores externos, o cenário econômico do comércio ainda se demonstra atrativo”.
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Para o presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, a sazonalidade presente no período, como IPTU e IPVA, também pode interferir na melhora do otimismo do comerciante e, consequentemente, do consumidor. “São fatos que também afetam a percepção dos empresários do comércio para as vendas e dos consumidores para o consumo”, disse.
NA CONTRAMÃO DO PAÍS – A capital Cuiabá difere da média nacional, que apresentou variação negativa no mês (-1,3%) e acumula queda de 1,12% no período. Reflexo disso são os efeitos da inflação persistente e a recente transmissão do aumento dos combustíveis são elementos-chaves que explicam a queda, assim como os efeitos da guerra no Leste europeu.
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