Dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, pelo Ministério da Economia, mostram que a geração de novas vagas de empregos formais – com carteira assinada – cresceu 5,06%, em Mato Grosso, nestes primeiro quadrimestre. A expansão registrada pelo Estado está entre as cinco maiores do País.
Os números, analisados pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), revelam que o saldo de novas vagas derivou da movimentação do mercado formal mato-grossense. De janeiro a abril foram admitidos 201.528 e demitidos 174.261, o que gera um saldo positivo de 27.267 novos postos criados no período.
O saldo positivo é representado pelos setores de serviços (12.189), indústria (4.207), construção (3.714), comércio (3.579) e agropecuária (3.578). “Vale observar que os setores de serviços e comércios continuam entre os principais geradores de vagas no Estado, já que representam 57,8% do saldo total”, apontam os analistas da CDL Cuiabá.
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Em relação à capital mato-grossense, no acumulado de janeiro a abril, foram 39.281 admissões, 33.846 desligamentos, resultando em um saldo positivo de 5.435 novas vagas. Quando comparado com o resultado do saldo no mesmo período do ano passado, o crescimento foi de 4,4%. Os números são representados pelos setores de serviços (3.872), construção (803), comércio (458), indústria (303) e agropecuária (-1). Somados os números de comércio e serviços a representatividade fica em 79,7% do saldo total.
FALTA QUALIFICAÇÃO – Mesmo com a geração de emprego em uma crescente em Mato Grosso e em Cuiabá, uma pesquisa realizada também pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da CDL, entre os dias 12 a 18 de abril, com 100 empresários do comércio da Capital, identificou que 14% pretendiam realizar contratações ainda no primeiro semestre, porém, 52,5% relataram que estão com sérias dificuldades em encontrar mão-de-obra qualificada.
“Os números do Estado são positivos, assim como os da Capital, porém, certamente poderiam ser melhores já que tem ficado cada vez mais difícil preencher as vagas de empregos abertas. Esse é um fato que tem atingido todos os setores da economia, inclusive trata-se de uma dificuldade global. É preciso entender melhor o comportamento das pessoas e do momento econômico vivenciado para gerar possíveis ações que possam equacionar esse ponto crítico considerado extremamente importante para o fortalecimento da economia”, afirmou o superintendente da CDL Cuiabá, Fábio Granja.
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