O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) divulgado pelo IBGE aponta variação de 0,91%, em Mato Grosso, na passagem de setembro para outubro. A alta sobre o custo médio do metro quadrado (m²) é a menor registrada no Centro-Oeste, bem como sobre a média nacional. Apesar disso, a majoração acumulada da inflação sobre o setor nos primeiros dez meses do ano, no Estado, chega a 18,09% e supera as médias regional e nacional em 16,44% e 16,79%, respectivamente.
Com a variação de pouco mais de 18%, o custo médio do metro quadrado no Estado chegou a outubro cotado a R$ 1.448,77. Mesmo sob forte influencia da inflação sobre a parcela dos materiais, é ainda o menor valor médio entre os estados do Centro-Oeste e ligeiramente abaixo do apontado como referência no País: R$ 1.490,88.
O Distrito Federal segue apontando o maior valor regional, R$ 1.524,57, seguido por Mato Grosso do Sul, R$ 1.463,21, Goiás, R$ 1.456,6 e Mato Grosso, R$ 1.448,77.
Conforme o IBGE, a parcela de materiais foi a que mais aumentou no Estado. De maio a outubro, por exemplo, passou de R$ 785,34 para R$ 885,81, Já a parcela ‘mão-de-obra’ esteve estável boa parte do ano, saindo de R$ 556,58 em maio para atuais R$ 562,96.
No País o índice subiu 1,01% em outubro. Trata-se da terceira menor taxa de 2021, ficando 0,13 ponto percentual acima da taxa do mês anterior (0,88%), que foi a menor do ano, e 0,02 p.p. acima de agosto (0,99%), a segunda menor. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 21,22%, pouco abaixo dos 22,06% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. De janeiro a outubro, o resultado fechou em 16,79%. Em outubro de 2020, o índice havia sido de 1,71%.
“A parcela dos materiais é a verdadeira responsável por esse resultado, uma vez que não está havendo movimentação significativa na mão de obra, à exceção dos acordos coletivos homologados”, analisa o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.
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O custo nacional da construção por metro quadrado passou de R$ 1.475,96 em setembro para R$ 1.490,88 em outubro, sendo R$ 888,45 relativos aos materiais e R$ 602,43 à mão de obra.
“Ainda estamos num momento em que as taxas dos últimos meses parecem baixas diante do avanço percebido desde agosto do ano passado, mas quando comparadas com a série histórica, podem ser consideradas altas”, explica Augusto Oliveira.
Os acumulados do ano são 25,08% (materiais) e 6,42% (mão de obra), sendo que em doze meses ficaram em 33,39% (materiais) e 6,88% (mão de obra), respectivamente.
PELO PAÍS – A região Norte, com alta significativa observada na parcela dos materiais em todos os estados, e acordo coletivo celebrado no Pará, ficou com a maior variação regional em outubro, 2,57%. O Pará, aliás, foi o estado que apresentou a maior variação mensal, chegando a 4,61%.
As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,67% (Nordeste), 1,06% (Sudeste), 0,45% (Sul), e 1,22% (Centro-Oeste). Os custos regionais por metro quadrado foram: R$ 1.475,26 (Norte), R$ 1.395,40 (Nordeste), R$ 1.551,51 (Sudeste), R$ 1.572,52 (Sul) e R$ 1.470,62 (Centro-Oeste).