O setor de franquias, em Mato Grosso, encerrou o segundo trimestre desse ano com incremento de 60,6% sobre o faturamento, quando comparado ao mesmo momento do ano passado. A taxa é segunda melhor do Centro-Oeste e revela uma movimentação de R$ 895 milhões contra R$ 557,45 milhões. A variação anual no Estado superou ainda a média nacional, cujo crescimento foi de 48,4%.
Segundo balanço da Pesquisa Trimestral de Desempenho realizada pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), na região, o maior faturamento foi registrado no Distrito Federal e em Goiás, cada um contabilizando R$ 1,13 bilhão. Em relação à evolução anual da receita, o Distrito Federal registrou ganho de 68,6%, Mato Grosso de 60,6%, Goiás de 57,1% e Mato Grosso do Sul, 41%.
Ainda avaliando o setor de franchising no Estado, a pesquisa mostra que na comparação entre os trimestres, houve variação positiva na oferta de empregos, alta de 1,6%, passando de 23.729 postos para 24.115, sendo a terceira maior taxa da Região.
Em relação às unidades, houve expansão de 9,1%, também a terceira maior taxa do Centro-Oeste. Do segundo trimestre de 2020 para igual intervalo de 2021, Mato Grosso passou de 2.978 pontos para 3.250.
Dos mais de R$ 894 milhões em faturamento, no Estado, 23% – a maior parcela dele – foram gerados em franquias do segmento de saúde, beleza e bem estar.
No País, o setor de franquias apresentou recuperação no segundo trimestre deste ano, mantendo assim sua trajetória rumo a níveis pré-pandemia, indica a Pesquisa. O faturamento no segundo trimestre chegou a R$ 41,14 bilhões de abril a junho deste ano. A variação foi de -35,7% de 2019 para 2020 e de +48,4% para 2021. A receita do franchising mostra, portanto, recuperação significativa no trimestre pesquisado, quando comparada ao ápice dos efeitos da pandemia (em 2020).
Na região Centro-Oeste, o cenário é semelhante e aponta um crescimento de 58,2% no faturamento geral do setor, com mais de R$ 3,7 bilhões de receita. O dado é bem superior à variação do ano passado, frente a 2019, que foi de -35%. Já em número de unidades, o mercado da Região expandiu mais de 10%, com 14.691 operações.
Para a diretora da Regional da ABF Centro-Oeste, Claudia Vobeto, o mercado de franquias da Região confirmou ser resiliente e flexível, capaz de se adaptar rapidamente ao novo cenário. “Somos uma região que contribui muito com o crescimento do setor e de outros também importantes, como o agronegócio. Temos o nosso lugar de destaque na economia nacional. Com a flexibilização das medidas, os empresários puderam buscar novamente as oportunidades de negócio e com isso, sentimos um impacto positivo na economia nesse período”, declarou a diretora.
MAIS DA REGIÃO – A pesquisa da ABF aponta alguns segmentos que se destacaram no trimestre analisado frente a igual período de 2020. Os mais impactados pela pandemia, Entretenimento e Lazer, e Hotelaria e Turismo começaram sua recuperação nos meses pesquisados, com variações positivas superiores a 800% e 300%, respectivamente. Ambos foram beneficiados por medidas como a reabertura das atividades econômicas não essenciais e o avanço da vacinação, além da forte demanda reprimida. É importante ressaltar, porém, que esse resultado foi conseguido em relação a uma base muito deprimida no segundo trimestre de 2020.
Em relação aos empregos, de acordo com a pesquisa, o setor no Centro-Oeste gerou mais de 115 mil empregos diretos nos meses de abril, maio e junho. Isso representou um crescimento de 2,5% frente ao mesmo período do ano passado.
A maioria dos pontos da Região atua nos mercados de Serviços e Outros Negócios (23,4%), Alimentação Food Service (18,8%) e Saúde, Beleza e Bem-Estar (15%), o que demonstra a diversidade e a versatilidade do franchising do Centro-Oeste.