Já está em vigor mais um aumento da Petrobras, dessa vez sobre o óleo diesel. O anúncio feito ontem (9) e vai majorar as refinarias em R$ 0,40 o litro. Conforme a Estatal, o valor médio de venda do combustível para as distribuidoras passa de R$ 4,51 para R$ 4,91, alta de 8,9%.
A alta se sobrepõe a um preço de bomba já inflacionado em mais de 54% na comparação anual, em Mato Grosso. Em abril deste ano, conforme levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro registrou cotação média de R$ 6,909, mais um valor inédito no Estado, chegando à máxima de R$ 7,670. Já em igual mês do ano passado, a média ao consumidor foi de R$ 4,484, o que na comparação entre os períodos exibe majoração de 54,08%.
O Sindipetróleo – sindicato patronal de Mato Grosso – acrescenta que repasses como esses ocorrem de imediato e afetarão a economia como um todo, bem como aumenta os custos dos postos. “Cada revendedor avaliará as altas que virão das distribuidoras para formarem seus custos. É um reajuste muito maior do que muitas margens de lucro que o revendedor alcança e impacta diretamente no capital de giro, exigindo mais recursos para aquisição de combustíveis”, avalia Nelson Soares, diretor-executivo do Sindipetróleo.
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“Além disso, um aumento nesse patamar pressiona fortemente o transporte de cargas, como o de alimentos, gera reajustes nas bombas e, por consequência, afetam o bolso do consumidor. Os postos também estão assustados com a majoração”, completa Soares.
ARGUMENTOS – Em nota, a Petrobras afirma que a alteração segue o mercado. “Com esse movimento, a empresa segue outros fornecedores de combustíveis no Brasil que já promoveram ajustes nos seus preços de venda acompanhando os preços de mercado”, divulgou o comunicado.
Segundo a nota, o mercado de combustíveis segue impactado pela redução da oferta frente à demanda. “Os estoques globais estão reduzidos e abaixo das mínimas sazonais dos últimos cinco anos nas principais regiões supridoras, justifica a empresa”, diz o anúncio. “Esse desequilíbrio resultou na elevação dos preços de diesel no mundo inteiro, com a valorização deste combustível muito acima da valorização do petróleo. A diferença entre o preço do diesel e o preço do petróleo nunca esteve tão alta”, completa a nota da empresa.
Os preços de gasolina e GLP (gás de cozinha) nas refinarias, no entanto, estão mantidos, diz o comunicado.
O último aumento promovido pela estatal ocorreu no dia 11 de março e alcançou 24,9%. Em 2022, o diesel acumula alta de 47,06%.
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