Depois de adiar por cerca de uma semana o anúncio do reajuste sobre o consumo de energia em Mato Grosso, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou alta anual da tarifa para Energisa, concessionária no Estado. A elevação média será de 22,55% e começa a valer já no próximo sábado, dia 16.
Ainda ontem, a Agência aprovou o reajuste da Energisa, que também atua em Mato Grosso do Sul. No estado vizinho o efeito médio da alta será menor, de pouco mais de 18%.
Conforme a Aneel, o reajuste anual da tarifa será de 20,36% por quilowatt (kW/h) para clientes residenciais. Para os demais consumidores na baixa tensão, o reajuste será de 21,62% e para alta tensão, 24,96%.
O reajuste anual da tarifa é definido pela agência reguladora, tendo como base o contrato com a concessionária. Em Mato Grosso, a alta entra em vigor todo dia 8 de abril – data de fundação de Cuiabá – mas neste ano, a pedido da própria concessionária, havia sido postergado. A expectativa era de que o anúncio fosse feito no final do mês.
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Segundo a Aneel, com a aplicação conjunta dos dois efeitos – o reajuste e a bandeira verde -, as tarifas residenciais serão praticamente mantidas, com redução da ordem de 0,04% no Estado.
A Energisa informou que antecipou a devolução do crédito de Pis e Cofins a seus clientes, para atenuar o reajuste neste ano, em valores que somam um total de R$ 230 milhões, além de aderir ao empréstimo concedido às distribuidoras pelo governo federal e aprovado pela agência reguladora.
Do total do reajuste, a parte que cabe à Energisa Mato Grosso responde por 5,24%, devido aos investimentos e custos operacionais. O restante, ou seja, os demais 17,31% decorrem de fatores como aumento dos encargos setoriais e custos extraordinários devido à crise hídrica, que obrigou o despacho de termelétricas responsáveis pela produção de uma energia mais cara.
Na última quarta-feira (6), o governo federal anunciou outra iniciativa que ajudará a aliviar a pressão sobre a conta de energia: o fim da bandeira de escassez hídrica no dia 16 e que gerava uma taxa extra de R$ 14,20 na conta a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A partir desta data, passa a vigorar a bandeira Verde, que não cobra adicional na fatura.
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