Cuiabá registrou em outubro mais uma alta sobre a cesta básica, dessa vez de 3,22% em relação a setembro, majoração essa que elevou o conjunto de alimentos básicos ao maior já registrado: R$ 648,03. Com a média do mês passado, o custo é o segundo maior entre as capitais do Centro-Oeste e o sétimo do País. Os dados são do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) e do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).
Na comparação anual, ante a média de R$ 575,14 de outubro do ano passado, a cesta básica cuiabana revela alta de 13% no período.
O valor apurado em outubro é mais um recorde superado em 2021. Desde dezembro do ano passado, a cesta cuiabana rompeu a barreira dos R$ 600 e não retrocedeu mais e no mês passado se aproximou de R$ 650. Com mais essa variação, o cuiabano passa a despender quase 63% do salário mínimo líquido para aquisição do conjunto de alimentos, superando a média nacional.
Conforme o Dieese, o salário mínimo líquido é o que sobra após o desconto referente à Previdência Social (7,5%). “No Brasil, o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em outubro, 58,35% (média entre as 17 capitais) do salário mínimo líquido para comprar os alimentos básicos para uma pessoa adulta. Em setembro, o percentual foi de 56,53%”.
Segundo noticiado pelo Mato Grosso Econômico, a cesta básica da capital de Mato Grosso é a segunda mais cara entre as capitais do Centro-Oeste. Cuiabá está atrás somente de Florianópolis (R$ 700,69), São Paulo (R$ 693,79), Porto Alegre (R$ 691,08), Rio de Janeiro (R$ 673,85), Vitória (R$ 670,99) e Campo Grande (R$ 653,40).
Em relação às capitais da região, Campo Grande lidera a média de preços. Na sequencia estão Cuiabá, Brasília (R$ 644,09) e Goiânia (R$ 591,78).
Carne, leite, feijão, arroz, farinha, batata, pão francês, café em pó, banana, açúcar, óleo e manteiga, integram o conjunto de alimentos tidos como básicos para uma família de quatro pessoas por 30 dias.
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NO PAÍS – O custo médio da cesta básica de alimentos aumentou em 16 cidades e diminuiu em Recife (-0,85%), de acordo com a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, realizada mensalmente pelo Dieese em 17 capitais. As maiores altas foram registradas em Vitória (6,00%), Florianópolis (5,71%), Rio de Janeiro (4,79%), Curitiba (4,75%) e Brasília (4,28%).
Ao comparar outubro de 2020 e outubro de 2021, o preço do conjunto de alimentos básicos subiu em todas as capitais que fazem parte do levantamento. Os maiores percentuais foram observados em Brasília (31,65%), Campo Grande (25,62%), Curitiba (22,79%) e Vitória (21,37%).
Entre janeiro e outubro, todas as capitais acumularam alta, com taxas entre 1,78%, em Salvador, e 18,42%, em Curitiba.
Com base na cesta mais cara que, em outubro, foi a de Florianópolis, o Dieese estima que o salário mínimo necessário deveria ser equivalente a R$ 5.886,50, o que corresponde a 5,35 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças.
O tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta, em outubro, ficou em 118 horas e 45 minutos (média entre as 17 capitais), maior do que em setembro, quando foi de 115 horas e 02 minutos.
ANÁLISE – Desde janeiro de 2016, o Diesse suspendeu a Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos na capital mato-grossense, avaliação mensal que vem sendo realizada pelo Imea.
O Imea alterou a forma de divulgação dos preços da cesta básica e por isso não é possível saber quais alimentos contribuíram para o avanço anual do preço.
Mas como o Imea utiliza a mesma metodologia do Dieese, é possível inserir Cuiabá no ranking nacional e analisar o comportamento do preço dos alimentos básicos a cada período.