O 6º Encontro Sucroenergético de Mato Grosso, realizado na última sexta-feira (02), das 8h às 17h30, no auditório da Federação da Indústria no Estado de Mato Grosso (Fiemt), levou aos participantes inúmeras palestras sobre as novas tecnologias e tendências do setor sucroenergético.
O representante e especialista de Aplicações Sérgio Lessa de Oliveira, da multinacional Eutectic Castolin, co-realizadora do evento, relatou ao Mato Grosso Econômico que a meta de qualidade dos profissionais envolvidos no Encontro Sucroenergético foi atingida. Estiveram presentes diversos profissionais e palestrantes de Mato Grosso e de outras localidades do país, que abordaram assuntos nas áreas agrícola e industrial. “No próximo ano esperamos um público ainda maior para aproveitar a riqueza de conhecimento que foi transmitida aqui”, disse.
“A Eutectic Castolin está sempre buscando inovações para o aumento da produtividade industrial, modernizando seus produtos através de pesquisas executadas no laboratório da Alemanha. Atualmente o nosso maior foco é a metalização em tubos de caldeiras, que devido à queima dos insumos, possuem um desgaste maior. Hoje conseguimos fazer um revestimento no equipamento melhorando sua vida útil e minimizando a necessidade de trocas frequentes do material”, declarou Sérgio.
Carlos Augusto de Oliveira representante e gerente de Motomecanização da Usina Coprodia, responsável pela produção do açúcar Doce Dia, esteve presente no evento e disse que as palestras são de grande importância para o setor.
“Sempre participei desde a primeira edição. Todas as palestras este ano foram importantes para o setor e consegui observar muita coisa interessante e as novidades”, disse. Carlos citou também que a usina que trabalha, a ‘Coprodia’, está numa evolução crescente. “Estamos com muita tecnologia nova, eletrônica embarcada e sistemas hidráulicos sofisticados. Esse evento vem para agregar o nosso dia a dia”, completou o representante da empresa.
O palestrante e especialista técnico da empresa multinacional ‘Chevron’, Giuseppe Sarpa, ministrou o tema ‘Novas Classificações de Motores Diesel/transmissões’ e relembrou que antigamente haviam poucas opções de lubrificantes e o impacto no meio ambiente era maior.
“Há 30 anos tínhamos óleos para serem aplicados no verão e no inverno. Isso exigia muitas trocas, mesmo que o produto não estivesse saturado. Era necessário devido às funções e características que cada óleo tinha. Hoje com a evolução dos aditivos e das matérias-primas os lubrificantes aumentam o período de troca e geram menos resíduos, causando um menor impacto no meio ambiente”, contou o palestrante ao Mato Grosso Econômico.
Segundo Giuseppe, a lei no Brasil hoje é mais exigente e faz com que todas as companhias que produzem lubrificantes tenham que recolher parte do que produzem no mercado para o reciclo. “Os refinadores autorizados são pagos pelas empresas de produção de lubrificantes para coletarem os óleos utilizados e serem destinados ao reciclo” completa o especialista.
O engenheiro e consultor técnico de vendas da ‘SKF Rolamentos’, Enrique Elvira, ministrou a palestra ‘Rolamentos e Soluções Específicas para Atender as Exigências do Mercado Agrícola’ e contou um pouco sobre a compra da empresa americana Peer Bearing Company efetivada pela SKF.
“A Peer Bearing Company é uma empresa americana que foi comprada pela SKF no ano de 2008, na qual começou a ser atuante no Brasil somente no ano seguinte em 2009. Em outubro de 2015 a companhia norte-americana se efetivou com a marca SFK. Atualmente o carro chefe da Peer é o mecanismo de vedação na qual é muito apropriado no meio agrícola, por ser uma vedação mais robusta e possuir um número maior de lábios, protegendo contra os contaminantes que podem afetar os rolamentos”, declarou Enrique.
O consultor técnico de vendas da empresa SKF explica que a utilização é necessária quando existe uma solicitação de carga maior em um determinado nível de precisão e quando há mais exigência no campo. É nesse momento que o mecanismo de vedação mais eficaz se torna imprescindível.
Segundo Enrique, a água, o resíduo, o adubo e os defensivos contribuem para diminuir a vida útil do rolamento e a solução é ter um ‘agente’, que bloqueie a entrada dos contaminantes.
O empresário Luiz Bigolin, diretor da empresa ‘Bigolin Rolamentos’ que é atuante no mercado desde a década de 90 e em 2001 passou a ser distribuidor da SKF Rolamentos, disse que sempre procurou fazer um trabalho de qualidade junto ao cliente, principalmente na área industrial.
“São produtos de qualidade que trazem redução de custos e se observamos o preço isoladamente, não percebemos muitas vantagens, mas, quando notamos o tempo de duração do produto, a economia de mão de obra, o aumento da produção e os resultados finais, a redução de custo acaba sendo altamente significativa na indústria”, declarou o diretor da Bigolin Rolamentos.
O 6º Encontro Sucroenergético de Mato Grosso apresentou nas palestras diversos temas importantes ao setor, entre eles: as Novas Tecnologias em Aplicações contra o Desgaste, Tecnologias e Inovações, Lean Manufacturing, Design Estratégico e a Indústria Sucroenergética, Programa Renovabio e Biocombustíveis, Indústria 4.0 entre outros assuntos relacionados.
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