Nesta sexta-feira (15) o leilão dos aeroportos de Mato Grosso será realizado às 10h, na B3, – Brasil, Bolsa, Balcão – oriunda da fusão entre BM&F, Bovespa e a Cetip, em São Paulo.
O potencial do agronegócio de Mato Grosso é visto nacionalmente como o chamariz para o leilão dos quatro aeroportos do Estado.
O certame envolve 12 aeroportos divididos em três blocos, entre eles o Centro-Oeste, composto pelo Aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande, e os regionais de Sinop, Rondonópolis e Alta Floresta. O investimento projetado para o Estado é de R$ 770 milhões. A concessão tem prazo de 30 anos.
As empresas e consórcios apresentaram nesta terça-feira (12), as propostas em duas vias em envelopes lacrados, os quais continham as propostas, as garantias e os documentos. Sete operadoras, entre internacionais e nacionais, demonstraram interesse em arrematar os terminais estaduais. Porém, especialistas de mercado acreditam que uma empresa estrangeira arremate o bloco Centro-Oeste.
A empresa ou o investidor que arrematar os aeroportos mato-grossenses ficará responsável pela administração, ampliação, melhorias e demais investimentos nos terminais.
“Apenas o controle aéreo estará a cargo da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero)”, segundo a superintendente aeroportuária da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra), Maksaila Moura Campos.
A superintendente acrescenta que o fato de os aeroportos regionais estarem em área com economia voltada à produção agrícola é sim um chamariz e tem despertado interesse das operadoras pelo volume de pessoas que circulam nessa região. Para se ter uma ideia, o Marechal Rondon, na região metropolitana de Cuiabá, sozinho registrou um fluxo de 3 milhões de embarques e desembarques em 2018.
Leilão em blocos
O Bloco do Centro-Oeste é o único no leilão composto exclusivamente com aeroportos de um só Estado, nesse caso Mato Grosso. Também integrarão o certamente terminais do Nordeste e Sudeste. No Bloco Sudeste estão os aeroportos de Vitória (ES) e Macaé (RJ). Já o Bloco Nordeste é formado pelos terminais de Recife (PE), Maceió (AL) Aracaju (SE), João Pessoa (PB), Campina Grande (PB) e Juazeiro do Norte (CE).
Juntos, os aeroportos em questão recebem 19,6 milhões de passageiros por ano, o que equivale a 9,5% do mercado nacional de aviação. O investimento previsto para os três blocos é de R$ 3,5 bilhões ao longo dos 30 anos de concessão e a outorga mínima de R$ 219 milhões. Para os aeroportos do Bloco Centro-Oeste a outorga inicial prevista é de R$ 2,8 milhões.