Quinze dias se passaram desde último aumento sobre o valor do litro da gasolina comum e do etanol hidratado. Mesmo que os novos valores tenham se acomodado em níveis que ainda causam espanto sobre os consumidores, Mato Grosso se mantém em destaque, apresentando o menor valor médio ao litro do combustível no País: R$ 3,63.
Conforme novo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), os preços médios do etanol hidratado subiram em 22 estados, caíram em dois estados e no Distrito Federal e ficaram estáveis apenas em Mato Grosso do Sul na semana entre 5 e 11 de março. No Amapá, não houve coleta de dados.
Nos postos pesquisados pela ANP em todo o país, o preço médio do etanol subiu 2,06% na semana em relação à anterior, de R$ 3,88 para R$ 3,96 o litro. Na comparação mensal, entre o mesmo período – de 5 a 11 de fevereiro – o valor médio em Mato Grosso era de R$ 3,41, ou seja, desde o aumento que passou a vigorar no último dia 1º, essa matriz acumula majoração de 6,45%, ou, R$ 0,22 mais caro.
A gasolina teve valor médio de comercialização de R$ 5,48 em Mato Grosso. No mesmo comparativo de quatro semanas, o valor de bomba apresenta elevação de R$ 0,41, ou de 8,08%.
Ainda conforme a ANP, em São Paulo, principal estado produtor, consumidor e com mais postos avaliados, a cotação média subiu 1,86% na semana, de R$ 3,76 para R$ 3,83. O Amazonas foi o estado que apresentou a maior alta porcentual na semana, de 14,29%, de R$ 3,99 para R$ 4,56 o litro. O Distrito Federal foi o que teve a maior queda de preços na semana, de 0,73%, de R$ 4,10 para R$ 4,07 o litro.
O preço mínimo registrado na semana para o etanol em um posto foi de R$ 3,25 o litro, em São Paulo. O maior preço estadual, de R$ 6,57, foi registrado no Rio Grande do Sul. O maior preço médio foi registrado em Roraima, com R$ 4,88 o litro.
Na comparação mensal, o preço médio do biocombustível no país subiu 3,66%. O estado com maior alta percentual no período foi o Amazonas, com 18,13% de aumento no período, de R$ 3,86 para R$ 4,56 o litro. A maior baixa percentual ocorreu no Ceará (-0,22%), de R$ 4,60 para R$ 4,59.
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COMPETITIVIDADE – O etanol ficou competitivo em relação à gasolina somente no estado do Amazonas e de Mato Grosso nesta semana. No restante dos estados e no Distrito Federal, continuava mais vantajoso abastecer o carro com gasolina.
Conforme levantamento da ANP referente à semana passada, na média dos postos pesquisados no País, o etanol está com paridade de 71,1% ante a gasolina, portanto desfavorável em comparação com o derivado do petróleo. No Amazonas, a paridade estava em 69,62% e, em Mato Grosso, a paridade estava em 66,24%.
Executivos do setor observam que o etanol pode ser competitivo mesmo com paridade maior do que 70%, a depender do veículo em que o biocombustível é utilizado.
MAJORAÇÃO – Antes da virada do mês, o governo federal anunciou a retomada da cobrança de tributos sobre os combustíveis, a chamada reoneração, por meio de uma Medida Provisória (MP) que tem validade até o fim de junho. Com a volta da tributação, a gasolina tinha a projeção de subir até R$ 0,34 nas bombas e o etanol, R$ 0,02 com a reoneração parcial dos combustíveis que entrou em vigor no dia 1º, como anunciou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Os valores consideravam a redução de R$ 0,13 para o litro da gasolina e de R$ 0,08 para o litro do diesel anunciados também pela Petrobras.