Os bancos Bradesco, Brasil, Itaú e Caixa Econômica anunciaram nesta quinta (21.01) que irão criar uma gestora de inteligência de crédito (GIC). A gestora desenvolverá um banco de dados integrado entre as instituições com informações cadastrais e de crédito dos clientes. Isso vai proporcionar maior eficiência e segurança na gestão e concessão de crédito pelos bancos.
A vantagem para as instituições é que a tomada de decisões sobre a concessão de crédito será muito mais assertiva, evitando o aumento da inadimplência no mercado. A medida valerá para pessoas físicas e jurídicas que autorizarem sua inclusão no banco de dados.
Procedimentos para uma operação de crédito
Para quem vive junto ao sistema bancário, é fácil perceber que existe grande preocupação acerca do crédito. O executivo de um banco sempre estará preocupado com o risco de crédito, o que é atitude no mínimo preventiva. Em momentos da conjuntura econômica, quando ocorrem apertos da liquidez, essa preocupação é maior, e os bancos ficam mais restritos em suas operações de crédito, principalmente se ocorrerem algumas concordatas ou falências.
Na economia brasileira, com tantas mudanças, as preocupações são sempre mais contundentes, visto que podem levar o banco a sérios problemas.
O fato é que, passados os momentos críticos, os bancos e seus executivos sabem que uma das suas principais fontes de receitas são as operações de crédito, e que os riscos por elas representados são inerentes ao negócio. Todos sabem desses riscos, os banqueiros e seus executivos, e o chefe do departamento de crédito, enfim todos os participantes da avaliação do crédito.
A concessão de crédito orienta-se basicamente por 2 critérios principais:
Critérios de segmentação
Através deste método pressupõe-se que pessoas com as mesmas características adotam comportamentos idênticos. Assim as principais classificações assentam nos aspectos:
– Geográficos
– Sócio Culturais
– Sócio Profissionais
– Macro econômicos
Critérios de Scoring
Este modelo funciona como apoio à decisão da atribuição de crédito com base em critérios definidos no modelo onde é avaliado o proponente, alguns desses critérios são critérios de segmentação. O envolvimento com o banco permite recolher muitas informações valiosas, por exemplo: conta poupança, evidencia por parte do cliente controle financeiro.
O scoring avalia como o cliente se comporta na relação com o banco, por exemplo se utiliza frequentemente o saldo descoberto da conta ordenado, se utiliza e como liquida o saldo do cartão de crédito, se possui produtos de relacionamento com o banco entre outros fatores.
Dois tipos existentes:
– Scorring de Aceitação
– Scoring de Aomportamento
Concessão de crédito a empresas
O mundo empresarial é bem mais complexo do que o de pessoas particulares. Para este tipo de clientes a concessão de crédito é analisada através dos registros financeiros da atividade, como o balanço, onde se pode verificar os ativos, passivos e capital próprio da empresa e as demonstrações financeiras onde é possivel apurar os resultados financeiros da atividade. Com base nestes mapas e nas perspectivas do negócio em si, com a análise dos concorrentes é possível fazer um diagnóstico com objetivo de reduzir ao máximo o risco de não cumprimento por parte da empresa. Estes casos são analisados pela equipe de gestão de risco do Banco. As análises que são realizadas:
Análise Qualitativa
– Informações
– Análise interna
– Análise externa
Análise quantitativa
Identificação
Patrimônio
Incidentes bancários
Participações (acionistas)
Os bancos não têm interesse em prejudicar os clientes. As instituições só avaliam criteriosamente porque querem ter menos incertezas face ao futuro, querem ser ressarcidos dos recursos que emprestaram. O objetivo principal é geral uma corrente recíproca de economia positiva, onde o banco empresta para o cliente e o cliente injeta na economia e comércio, trazendo uma circulação de bens e serviços de forma saudável no mercado, onde todos são beneficiados.