Conforme Boletim Semanal de Educação Financeira do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE MT), as projeções dos analistas para a inflação neste ano foram revisadas para baixo pela terceira semana consecutiva, conforme divulgado no Relatório Focus do Banco Central nesta segunda-feira (23). A estimativa caiu de 5,25% para 5,24%.
A projeção do PIB, por sua vez, subiu de 2,20% para 2,21%. A mediana para o câmbio em 2025 recuou de R$ 5,77 para R$ 5,72.
Enquanto isso, a previsão para taxa básica de juros neste ano subiu de 14,75% para 15% após o Copom elevar a Selic para 15% ao ano na reunião da semana passada.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA
– Financiamento Imobiliário x Aluguel
Vantagens do Financiamento Imobiliário
Aquisição do imóvel próprio: Ao fim do financiamento, o imóvel é seu, representando um
patrimônio.
Estabilidade: Não há risco de o proprietário pedir o imóvel ou não renovar contrato, como
ocorre no aluguel.
Possibilidade de valorização: O imóvel pode valorizar ao longo do tempo.
Disciplina financeira: A obrigação de pagar as parcelas funciona como uma poupança forçada.
Utilização do FGTS: O trabalhador pode usar o saldo do FGTS para abater parte do
financiamento.
Desvantagens do Financiamento
Custo financeiro alto: Os juros no Brasil são relativamente elevados. Dependendo do prazo
(20-35 anos), o comprador pode pagar 2 a 3 vezes o valor do imóvel.
Comprometimento de renda: Limita outras oportunidades, como investir ou empreender.
Baixa flexibilidade: Caso precise se mudar, vender o imóvel financiado pode ser mais difícil.
– Vantagens do Aluguel
Flexibilidade: Você pode mudar de cidade, bairro ou imóvel com facilidade.
Custo inicial baixo: Não exige entrada, impostos ou taxas cartoriais.
Liberdade financeira: O valor que seria destinado à entrada e às parcelas pode ser investido
em aplicações financeiras, muitas vezes gerando retorno superior ao custo do aluguel.
Manutenção e impostos: IPTU e manutenção podem, em muitos casos, ser negociados com o
proprietário.
Desvantagens do Aluguel
Sem patrimônio: O dinheiro pago não gera ativo.
Insegurança: O proprietário pode pedir o imóvel ou não renovar o contrato.
Correções anuais: O aluguel é reajustado anualmente, geralmente pelo IGP-M, IPCA ou outro
índice acordado.
Comparação Prática com Exemplo Realista
– Cenário:
– Valor do imóvel: R$ 500.000
– Entrada no financiamento: R$ 100.000 (20%)
– Saldo financiado: R$ 400.000
– Prazo: 30 anos
– Taxa média: 9% a.a. (aproximadamente)
-Parcela inicial: Cerca de R$ 4.000 a 4.500 (considerando amortização + juros + seguros +
taxas).
– Aluguel equivalente desse imóvel: Aproximadamente 0,4% a 0,6% do valor do imóvel, ou
seja, R$ 2.000 a R$ 3.000 mensais.
– Cenário Simulado
Se, em vez de financiar, você alugar e investir a entrada (R$ 100.000) + diferença mensal (R$ 1.500), considerando um investimento conservador rendendo 0,8% ao mês (CDI atualizado):
– Após 30 anos, o valor investido pode ultrapassar R$ 1,5 milhão, suficiente para comprar um
imóvel à vista e ainda sobrar.
Quando o financiamento faz mais sentido?
– Quando você valoriza a segurança de ter um imóvel próprio.
– Se não tem disciplina para investir mensalmente.
– Quando pode usar o FGTS para abater parte do saldo devedor.
– Se os juros estão baixos (abaixo de 8% a.a., por exemplo).
Quando o aluguel faz mais sentido?
– Se busca flexibilidade, não pretende morar no mesmo local por muitos anos.
– Se consegue investir com disciplina a diferença entre a parcela do financiamento e o valor do
aluguel.
– Quando as taxas de juros estão altas.
Conclusão Didática e Prática
– Em termos puramente financeiros: o aluguel costuma ser mais vantajoso se a pessoa investir
a diferença com disciplina.
– Em termos emocionais e de segurança: o financiamento pode ser mais adequado.
Elaborado por Kelliton Rodrigues
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