Conforme Boletim Semanal de Educação Financeira do Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE MT), o setor da construção civil vive um momento de expectativas. Tanto em relação à redução do custo de financiamento, quanto em relação à redução das taxas de juros. “Quando as taxas de juros caem, financiamentos para construção e aquisição de imóveis se tornam mais acessíveis. Isso pode estimular lançamentos, aumentar a demanda por imóveis e impulsionar o setor como um todo”.
Droga de liquidez: crédito mais barato e mais disponível
Crédito mais barato tende a aumentar o acesso a recursos para construtoras e compradores. Isso favorece empreendimentos privados e reformas, especialmente na classe média. No entanto, ainda é essencial que haja garantia de oferta de crédito alinhada à demanda.
Reação positiva das ações do setor
Historicamente, em ciclos anteriores de corte da Selic (2005, 2009), as ações de construtoras subiram significativamente: até 246% em 12 meses no caso de 2009. Isso mostra que o mercado reage positivamente à expectativa de retomada e reprecificação dos ativos.
Maior liquidez e incentivo ao investimento
Com juros menores, investimentos no setor têm mais apelo em relação à renda fixa. Isso pode trazer novos players para o mercado — fundos, investidores institucionais, e pessoas físicas com maior apetite ao risco.
A queda dos juros pode ser um importante gatilho para impulsionar o setor da construção civil, por meio da redução do custo de financiamento, aumento da demanda, valorização das empresas e maior protagonismo da industrialização. No entanto, avanços concretos dependerão de políticas complementares, oferta de crédito efetiva e estratégias que aumentem eficiência produtiva.

EDUCAÇÃO FINANCEIRA
– Projeções para a SELIC e PIB
A projeção para 2026 ficou em 12,50%, enquanto para 2027 permaneceu em 10,50%. Para 2028, a estimativa permaneceu em 10% por 36 semanas.
Para o produto interno bruto (PIB), a mediana das projeções de 2026 subiu de 1,86% em 1,87%. A projeção passou de 1,87% para 1,89% em 2027. Para 2028, a projeção continuou em 2%, há 77 semanas.
MERCADO FINANCEIRO
As projeções do mercado para a inflação em 2025 recuaram pela décima quarta semana seguida, segundo o Relatório Focus divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (1º). A estimativa para o IPCA no ano passou de 4,86% para 4,85%. A mediana para o câmbio em 2025 também recuou de R$ 5,59 para R$ 5,56. Já projeção do PIB subiu de 2,18% para 2,19%. Enquanto isso, a previsão para taxa básica de juros neste ano ficou em 15% pela décima semana seguida.

Elaborado por Kelliton Rodrigues/Gestão de Pessoas/Folha de Pagamento
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