Sabemos o quanto é útil mas o quanto é vilão quando vem a fatura. Sim estamos falando do cartão de crédito. Uma nova simulação do SPC Brasil mostra que uma dívida não paga nessa modalidade pode se tornar 60% mais cara em apenas um ano – e, sim, até pessoas mais controladas estão sujeitas a isso.
Entretanto, ser mais radical pode ser necessário em diversos casos. De acordo com Carol Sandler, fundadora do Finanças Femininas e educadora financeira, a tática de deixar o cartão em casa é ótima para quem já precisou pagar o mínimo da fatura ou parcelá-la.
E nem precisamos falar quais são os perigos de se enrolar no cartão de crédito, não é mesmo? “Brinco que ele é como carro: se você souber usar, ele te leva de um lugar para outro. Mas, se não souber, vira uma arma na sua mão. Com ele, gastar mais do que se tem é uma possibilidade muito concreta. Usar o cartão sem controle e planejamento traz um risco muito alto.”
Por isso, Carol dá algumas dicas para diminuir o uso do cartão de crédito ou parar de usá-lo de vez:
– Deixe-o em casa. “Só de não andar com o cartão de crédito você já deixa de entrar em uma loja pra dar ‘aquela olhadinha’. Você fica mais consciente sobre os gastos do dia a dia e as escolhas que toma”, defende;
– Se você não quiser abrir mão da facilidade e dos programas de pontos, o cartão pré-pago pode ser uma boa ferramenta;
– Para evitar situações constrangedoras de não ter dinheiro para bancar algo na urgência (como passagem de ônibus), a melhor arma é o planejamento financeiro. “O ideal é que você tenha previsto os gastos do mês, incluindo os essenciais, e um orçamento estabelecido para os supérfluos. Assim, você garante que não vai faltar dinheiro para fechar as contas.”