As altas taxas cobradas pela adesão, recarga, e saques em cartões pré-pagos tornam o uso do plástico desvantajoso na maioria das situações. Um estudo feito avaliou nove cartões: AcessoCard Recarregável, Brasil Pré-Pagos, ACG, ContaSuper, Itaú Pré-Pago Recarregável, Meo Cartão Dinheiro, Mundo Livre, Ourocard Recarregável Visa e Young Card Bradesco Pré-Pago Visa Buxx.
O cartão de débito pré-pago, oferecido por grandes bancos ou por empresas de tecnologia e de meios de pagamento, pode ser utilizado para realizar compras, saques e pagamento de contas sem que seja necessário abrir uma conta no banco. Para isso, basta carregá-lo com um determinado valor.
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A conclusão da pesquisa é que a praticidade oferecida pelo meio de pagamento só compensa os custos em situações específicas, como no caso do pagamento de empregados domésticos que não têm conta em banco, para pagar a mesada do filho ou para transferir ao pedreiro o valor necessário para comprar o material que será utilizado em uma reforma na sua casa.
Vale ressaltar que os cartões pré-pagos analisados na pesquisa não são aqueles usados para viagens, que permitem fazer pagamentos em outros países e são carregados com como dólares, euros e outras moedas.
Custos de acordo com o perfil
Para exemplificar os custos do cartão pré-pago durante um ano, a Proteste simulou alguns cenários, considerando diferentes quantidades de recargas e saques mensais. O cálculo já inclui a cobrança de taxa de adesão e de mensalidade pelo uso do cartão.
A conclusão é que o Ourocard Recarregável Visa é o mais caro para quase todos os perfis de uso, com exceção de quem realiza apenas uma recarga e um saque por mês. Nesse cenário, o AcessoCard Recarregável é o plástico mais caro.
Já o ContaSuper foi considerado o cartão mais barato na maioria dos cenários, perdendo para o ACG em duas situações: caso seja realizada pelo usuário apenas uma recarga por mês sem saque ou apenas uma recarga e um saque por mês.
O consumidor que optar pelo cartão ACG e fizer só uma recarga por mês irá gastar 48 reais por mês, três vezes menos do que gastaria se utilizasse o Ourocard, o cartão pré-pago mais caro da pesquisa (154 reais).
Caso sejam realizadas três recargas mensais sem saque com o Ourocard, o cliente pagará 322 reais, 264 reais a mais do que se utilizasse o ContaSuper (58,80 reais).