Os dados divulgados pelo Ministério da Economia sobre a geração de emprego do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) foram analisados pelo Núcleo de Inteligência de Mercado da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá). O saldo mensal mostra que 81% dos empregos ativos foram gerados pelos setores do comércio e de serviços.
A instituição constatou que Mato Grosso registrou no mês de novembro 40.054 admissões, 44.306 desligamentos, ficando com um saldo negativo de 4.252 contratações.
Conforme o superintendente da CDL Cuiabá e responsável pelo Núcleo, Fábio Granja, os únicos setores que puxaram os dados para cima foram comércio e serviços, os demais fecharam negativos, principalmente o agro. Essa observação já foi trazida pelo MT Econômico.
“Existem períodos distintos durante o ano em que um setor se sobressai mais que o outro, no caso do comércio o melhor momento de geração de empregos é o último trimestre do ano, isso fica ainda mais evidente na Capital, já que além de ter fechado com saldo positivo no fechamento do mês de novembro, do total de empregos ativos, comércio e serviços representam aproximadamente 81%“, explicou.
No acumulado do ano, de janeiro a novembro, o Estado está com um saldo de 65.890 novos postos de trabalho contra 54.113, o que representa um aumento de 21,8%, sendo representados pelos seguintes setores: Serviços 29.761, comércio 15.044, construção 7.621, agropecuária 7.184 e indústria 6.280.
Já em Cuiabá, os dados demonstram que no mês de novembro foram 8.793 admissões, contra 7.899 desligamentos, ficando com um saldo positivo de 894 oportunidades preenchidas.
No acumulado do ano até novembro o saldo é de 15.626 novos postos de trabalho, contra 13.283 registrados em 2021, o que representa um aumento de 17,6%. Deste total, serviços ficou com saldo positivo de 10.532 vagas geradas, seguido pelo setor de comércio 2.543, construção 1.783, indústria 630 e agropecuária 138.
Para o ano de 2023, o superintendente afirma que o desafio de qualificar continua. “Nós temos em Mato Grosso uma das menores taxas de desempregos em relação a outros Estados da federação, contudo, sabemos que existem vagas abertas que não estão sendo preenchidas por falta de mão de obra qualificada e o desafio é qualificar, porém também atrair mais pessoas para o mercado de trabalho formal“, pontuou ele.