O ordenamento dos ambulantes informais que tomam conta das ruas e calçadas de Cuiabá mais uma vez foi tema de discussão na Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), que reuniu essa semana empresários da região, representantes de entidades como a Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado de Mato Grosso (Facmat) e o Poder Público, através das secretarias municipais de Ordem Pública e de Desenvolvimento Humano, para tratar do assunto e se tentar solução ao problema.
A abertura do encontro foi feita pelo presidente da instituição, Celio Fernandes. “Diante desse problema que já vem se arrastando há algum tempo e só piora, vimos a necessidade de abrir essa discussão sobre os ambulantes informais e todas as questões do ordenamento público desta região tão importante da nossa cidade, por isso convidamos várias pessoas e autoridades envolvidas nesse assunto. É preciso buscar solução ao problema e garantir que ações públicas sejam realizadas de fato, juntamente com soluções efetivas”, disse ele.
Também falaram da situação caótica do Centro da cidade o presidente da Facmat, Jonas Alves, e empresários que possuem comércio na região. Eles relataram que os ambulantes tampam totalmente suas vitrines, invadem seus espaços nas calçadas impedindo a passagem de clientes e da entrada dos mesmos nas suas lojas, além de deixarem muita sujeira no local, entre outros.
Presente na reunião, o secretário de Ordem Pública, coronel Leovaldo Sales, destacou a importância comercial da região e a necessidade da retirada dos ambulantes. Ele lembrou as diversas ações de fiscalização que já foram realizadas no Centro, contudo, ressaltou a dificuldade da gestão de se manter o ordenamento.
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“A fiscalização vai e retira esse pessoal quando é possível, pois encontramos dificuldades em relação a efetivo na Pasta para essas ações, porém, depois que a fiscalização não está mais no local, vai para outro ponto, eles retornam. Ou seja, é preciso do envolvimento de mais poderes e de outras instituições para se resolver esse problema. Como da Polícia Federal, para investigar a origem dos produtos comercializados pelos ambulantes, da Polícia Militar, para ajudar na retirada desse pessoal, da Prefeitura, para ter um local de acolhimento para os mesmos, além de capacitá-los para o mercado de trabalho, pois em muitos casos o que falta é qualificação”, afirmou o secretário, reforçando ainda que “enquanto não houver punição, não haverá solução”.
Após ouvir as palavras do secretário de Ordem Pública, o presidente da CDL Cuiabá concordou de que é preciso uma ação em conjunto para se resolver o problema, caso contrário as discussões continuarão a existir. “Tem que se fazer um plano de ação em conjunto, envolvendo todos os poderes. O nosso papel é buscar resultados”, ressaltou.
Ao final da reunião ficou definido que será realizada uma ação intensiva nos principais pontos de ocupação dos ambulantes e que as entidades buscarão, junto aos demais órgãos envolvidos, uma solução efetiva no cumprimento da ordenação dos espaços públicos de Cuiabá.
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