O governador em exercício Carlos Fávaro, afirmou em entrevista na última sexta (19.02), que não haverá em Mato Grosso taxação das commodities destinadas à exportação. Fávaro acredita que caso essa medida fosse tomada, desestimularia a economia do estado, principalmente por sermos os maiores produtores de soja e milho do país. Atualmente, não é cobrado imposto sobre as vendas externas de grãos, conforme a Lei Kandir.
“Temos que ganhar competitividade de outra maneira, melhorando a logística por exemplo e não simplesmente criando mais um imposto a ser pago. Nosso estado está passando pela crise nacional de cabeça erguida e não podemos dar um revés na economia. Enquanto o Brasil fechou o ano passado com um PIB próximo a 3% negativo, Mato Grosso cresceu 3% e isso se deve muito ao agronegócio", afirmou Carlos Fávaro.
O vice-governador disse que Mato Grosso tem que apoiar a sua vocação, que é o agronegócio. “Somos o maior produtor de soja, de milho, algodão, girassol, peixe de água doce, maior rebanho bovino, e isso faz a economia do Estado crescer a cada dia.
Industrialização e cadeia suína
Carlos Fávaro comentou também, que o Governo do Estado está estudando formas de aumentar a industrialização, como exemplo, da proteína vegetal que pode agregar valor ao produto e gerar mais emprego e renda.
“Não dá para sermos só produtores de matéria prima. Nós somos os maiores produtores de soja e milho, que são matéria prima para a ração, que transforma proteína vegetal em animal. A carne suína e frangos, são basicamente oriundos desses dois produtos”, defende, explicando o potencial da cadeia, que hoje corresponde a apenas 1% da produção de suínos do Brasil.
Caso Mato Grosso seja declarado em 2016 como livre da peste suína clássica, poderá haver um desenvolvimento nesta cadeia produtiva também, com um investimento de mais de 1 bilhão de reais das empresas deste setor.