Segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), os empresários do comércio brasileiro estão mais confiantes.
O índice cresceu 1,7% na passagem de janeiro para fevereiro e 2,7% em comparação ao mesmo mês do ano passado. Os dados foram divulgados ontem, quinta-feira (20).
Foram alcançados 107,6 pontos na pesquisa, numa escala de 0 a 200. Esse é o melhor resultado dos últimos 7 anos. Apenas em 2012 essa pontuação foi superior ao número atual.
Embora a economia ainda não tenha mostrado uma recuperação mais acentuada, os empresários levaram em consideração a redução da taxa básica de juros que deixou o crédito mais barato, inflação controlada e num patamar baixo, reformas estruturantes em andamento, sendo que a da previdência já foi aprovada, elevação na intenção de consumo, entre outros fatores, que faz o mercado de um modo geral ter melhores perspectivas de crescimento.
Em Cuiabá, a pesquisa com recorte local divulgada hoje (21) também mostrou índices positivos. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec), da capital de Mato Grosso revelou um aumento de 0,8% na comparação com o mês anterior, atingindo, assim, 132,1 pontos, alta acumulada de 2,5% sobre outubro do ano passado, último mês em que o índice apresentou retração.
No levantamento foram entrevistados 181 empresários de Cuiabá.
Segundo a pesquisa, 62,4% dos empresários disseram que a economia brasileira melhorou, enquanto 37,6% que piorou.
Indicador pode oscilar com Reforma Tributária
Com a reforma tributária prevista para esse ano, o indicador deve sofrer oscilação, segundo avaliação do MT Econômico.
Entidades de Mato Grosso estão se reunindo essa semana para discutir a reforma que deve impactar na maneira como se arrecada os impostos e a carga tributária, hoje considerada complexa, burocrática e pesada. O presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Gustavo de Oliveira pontuou sobre um possível colapso na economia de Mato Grosso, caso algumas mudanças sejam feitas. Isso deve-se ao fato do estado ter vocação produtora e não consumidora. Veja mais aqui.
As mudanças podem trazer efeitos positivos ou negativos para os empresários. Em relação ao cidadão, até o momento ainda não tem um estudo se a reforma tributária reduzirá os impostos para quem está na ponta do processo de consumo.
Novas contratações
A pesquisa também mostrou a intenção de contratação de novos colaboradores. O Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) registrou variação negativa de -0,8% sobre janeiro e de -0,6% na comparação com fevereiro passado, contabilizando, assim, 116 pontos. Houve queda em relação ao mês passado no número de empresários propensos a contratar funcionários de 76% em janeiro para 75% neste mês. No mesmo período do ano passado, 83,3% dos empresários em Cuiabá tinham a intenção de contratar funcionários.
No decorrer do ano vamos trazer mais novidades sobre a reforma tributária, economia e informações dos principais setores. Acompanhe no MT Econômico.