O site Mato Grosso Econômico em parceria com o Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (IMEA), traz para você a Conjuntura Econômica Mensal do Agronegócio. Confira abaixo a análise técnica:
Contas em “xeque”: Na última semana, o Banco Central divulgou os números das contas públicas do mês de janeiro. Os novos dados do resultado primário – receita menos despesas – apresentaram melhoras se comparados aos de dezembro/15, registrando superávit de R$ 27,9 bi. Contudo, quando analisado o acumulado em 12 meses, nota-se ainda um déficit primário – despesas maiores que receita, sem pagamento de juros da dívida – de R$ 104,4 bilhões (1,75% do PIB), sendo notória uma persistente deterioração nas contas, sinalizando assim para o mercado a dificuldade do governo em pagar as suas dívidas. No âmbito regional, as contas do governo de Mato Grosso em 2015 também fecharam no vermelho, encerrando o trimestre do ano anterior com déficit primário em R$ 1,11 bilhão. Apesar dos maus resultados, a arrecadação do Estado tem sido beneficiada pelo bom andamento do agronegócio, visto que o setor tem apresentado crescimento a cada ano.
– A balança comercial de Mato Grosso iniciou 2016 com um superávit de US$ 718 milhões, valor que equivale a um acréscimo de 35,8% com relação a janeiro de 2015.
– Já as exportações totais nominais caíram 29,6%, tendo em vista a diminuição do preço médio de alguns produtos, como é o caso do milho, principal ítem exportado, cujo US$/t foi menor
– O mês de janeiro foi positivo para os empregos do agro em MT, registrando elevação de 2,6% se comparado ao mês anterior. As contratações no campo para a colheita de soja foram o principal motivo desta elevação.
– A cesta básica de fevereiro ficou 2% mais barata, valendo R$ 419,1. Foram os preços do tomate e da batata os que mais contribuíram, caindo 11% e 7%, respectivamente.
– Caderneta no Vermelho: a poupança rural brasileira tem vivido tempos pouco amistosos, encerrando 2015 com rendimento abaixo da inflação e iniciando 2016 com captação líquida – depósito menos retirada – de R$ -2,5 bi. Entre os fatores que podem estar interferindo no desempenho da modalidade de investimento, está o baixo nível de atividade econômica, o aumento da inflação e dos juros, o desemprego crescente, dentre outros. Além disso, a baixa rentabilidade da poupança faz com que aumente a demanda por opções mais rentáveis, como é o caso dos títulos de renda fixa, cujos rendimentos estão atrelados à taxa Selic. Atualmente, o saldo da poupança rural é de R$ 145,77 bi, queda de 4% se comparado a janeiro/15. É válido lembrar que cerca de 74% dos recursos da poupança rural é destinada ao crédito rural, sendo esta a principal fonte de recursos controlados para o financiamento dos produtores rurais, registrando em 2015 participação de 36% no montante total de recursos disponibilizados.
Veja o relatório detalhado neste link
http://www.imea.com.br/upload/publicacoes/arquivos/R405_2015_02_26_BM_Conjuntura_Economica.pdf