Há anos a conta de energia ocupa espaço entre os principais vilões do orçamento familiar brasileiro. Contudo, mesmo sendo um problema antigo, os dados mostram que o consumidor ainda segue mal equipado para enfrentá-lo: apenas 13% monitoram seu consumo ativamente, e o desconhecimento sobre fontes alternativas de energia é massivo. 84% dizem entender pouco ou nada sobre energias renováveis.
É o que revela a pesquisa “Futuro da Energia”, realizada pela LUZ, em parceria com a Futuros Possíveis. De acordo com o levantamento, 76% dos brasileiros afirmam que o valor da conta de energia pesou mais no bolso em 2024 e que 53% ajustaram o orçamento familiar diante dos aumentos sucessivos.
Mesmo com aumentos constantes, a maioria ainda carece de ferramentas e conhecimento para uma gestão verdadeiramente ativa do consumo. Isso se reflete na adoção de soluções basicamente comportamentais: 62% afirmam que economizam energia mudando hábitos cotidianos, enquanto apenas uma minoria investe em soluções estruturais, como a troca de equipamentos por versões mais eficientes (18%) ou a adoção de fontes alternativas (17%).
Esse padrão de respostas revela um comportamento reativo diante do problema, com poucas ações de longo prazo capazes de blindar o orçamento contra novas altas. “Existe uma grande frustração: as pessoas querem previsibilidade, mas sentem que estão no escuro sobre como agir. E essa falta de visibilidade se revela em dados como o de que 84% dos entrevistados se surpreenderam com o valor da conta em algum momento no último ano”, explica Luiza Pinto, COO da LUZ.
DESEJO POR MAIOR CONTROLE – A incerteza sobre o comportamento das tarifas é tamanha que, não à toa, 96% dos respondentes da pesquisa desejam maior previsibilidade no custo energético. Esse receio se intensifica diante da expectativa de que os preços continuem subindo: 64% acreditam que a conta de energia vai ficar mais cara nos próximos 12 meses. “O modelo atual transfere ao consumidor o risco das flutuações tarifárias, mas oferece pouca transparência ou suporte para que ele possa se planejar”, diz Luiza.
Diante dos aumentos, o comportamento mais comum tem sido adotar medidas emergenciais de redução de consumo. Entre os que buscaram economizar, 62% mudaram hábitos de uso de eletrodomésticos, como evitar o uso de ferro elétrico e ar-condicionado, por exemplo.
Apesar de tais atitudes ajudarem, fato é que essas mudanças pontuais não oferecem estabilidade real ao orçamento, já que o consumidor continua vulnerável às oscilações tarifárias e imprevistos no consumo.
CAMINHOS PARA REDUÇÃO DE CONSUMO – Para especialistas, o baixo índice de monitoramento revela uma oportunidade concreta de mudança. “Hoje já existem tecnologias acessíveis que permitem ao consumidor acompanhar seu consumo em tempo real, identificar os maiores vilões da fatura e agir antes que a conta pese no bolso. É uma mudança de comportamento que precisa ser estimulada”, afirma Luiza.
Plataformas como a LUZ já viabilizam esse novo modelo. Por meio de um sistema 100% digital, o consumidor pode visualizar seu consumo antes do fechamento da fatura, entender padrões de uso e até migrar para um modelo de energia limpa sem precisar investir em painéis solares. Além da economia, o grande benefício é a previsibilidade.
“O consumidor está pronto para assumir o controle — falta acesso a informações claras, ferramentas simples e incentivo à adoção dessas soluções. E é isso que a LUZ entrega”, completa a COO.
A pesquisa ouviu 2.089 consumidores brasileiros, com 25 anos ou mais, responsáveis pelo pagamento de contas de energia, entre os dias 14 de março e 2 de abril de 2025. A margem de erro é de 2,1 pontos percentuais.
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