O corretor de imóveis tem conseguido se destacar no cenário econômico para manter as vendas em patamares equilibrados. Os bancos estão frequentemente modificando as taxas de juros, seguindo nos últimos meses uma forte tendência à redução, e nessa dinâmica o papel do corretor é acompanhar as atualizações financeiras do mercado e as melhores propostas de financiamento para o cliente.
Diante do quadro, os consumidores vêm sua margem para erros reduzida, e nessa hora, contar com a consultoria de quem entende do ramo pode evitar grandes perdas e dores de cabeça. O básico para qualquer corretor é conhecer bem seu produto. Mas isso é o básico. A proeminência está em deter informações relevantes à região do empreendimento, suas expectativas de crescimento e valorização, as possibilidades de infraestrutura e logística urbana e por último, as condições de pagamento.
Apostando em um perfil ainda mais criterioso de investidores, exigentes e bem informados, conectados em um mundo digital, os profissionais do mercado imobiliário precisam se manter relevantes e oferecer valor ao consumidor. Precisa dominar a informação, ser dinâmico, proativo, manter a empatia e o essencial: humanizar o relacionamento com o cliente. Em um mercado globalizado, sem barreiras e saturado por aplicativos para venda online, sai na frente quem consegue alcançar a alma do seu cliente. A humanização mantém uma vantagem competitiva única frente a qualquer tecnologia, mas também é preciso se adaptar.
Para Bernardo Bonilha, diretor comercial da Incorporadora Chilena BC Genera, atuar em momentos de retração é uma ótima oportunidade para o corretor colocar suas habilidades em prática. O diretor explica que uma equipe afinada e proativa pode ser responsável por verdadeiras inovações na hora da venda. Ele conta que o faturamento com as vendas do Condomínio Brasil Beach, localizado na rodovia Hélder Cândia em Cuiabá, tem superado recordes de vendas, chegando a mais que duplicar as transações no acumulado entre 2015 e 2016.
“Claro que a qualidade do empreendimento e o valor agregado por suas exclusividades são diferenciais, mas o empreendimento não se vende sozinho, ele precisa de um facilitador, alguém que conheça o mercado, o perfil dos clientes, tenha expertise, saiba humanizar o processo de venda e acima de tudo, tenha ética profissional”, define Bonilha.
O Brasil Beach, já entregou sua primeira torre com 200 unidades e segue na conclusão da segunda. Avaliando o comparativo na evolução das vendas, hoje o condomínio multiplicou o montante de vendas, reflexo das inovações adaptadas à equipe de vendas, formada por um pool de corretores ligados a um empreendimento idôneo e com solidez no mercado, inclusive internacional. Estratégias de comunicação e a absorção de inovações como o uso das mídias sociais colaboraram para o sucesso do empreendimento.
A freada na taxa de juros e a ainda tímida desaceleração inflacionária já são suficientes para que o setor imobiliário projete uma retomada mais vigorosa das vendas em 2017. A projeção também é confirmada pelo Relatório Trimestral de Inflação (RTI) divulgado pelo Banco Central, com previsão de crescimento em 50% por conta da abertura de novas unidades e a oferta de novos créditos imobiliários.
A inflação recuou de 10,7% em 2015 para, aproximadamente, 7,2% em 2016. Já em 2017, a previsão do mercado financeiro é de 5,07%, conforme o relatório. As perspectivas de melhora também são influenciadas pelas expectativas de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), que segundo o Banco Central deve crescer 1,3% em 2017. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) estima avanço de 0,5%.