O Coworking nos últimos dois anos teve aumento na procura em Cuiabá, após retomada econômica e trabalho presencial, na fase pós pandemia que estamos vivendo.
Durante o período mais agudo da disseminação da Covid-19 (2020/21), as pessoas se habituaram ao isolamento social, tendo que trabalhar em home office e se adaptar às reuniões online. No entanto, esse ritmo se tornou exaustivo pela própria necessidade humana de interação presencial.
Atualmente muitas empresas têm trabalhado de forma híbrida (presencial + home office) ou até mesmo 100% presencial. Diante disso, tem crescido a procura pelos Coworkings em Cuiabá e ao redor do mundo.
Isso porque, além de um ambiente de trabalho profissional, os Coworkings oferecem economia para quem não pretende investir na montagem de um escritório e ainda proporciona um bom networking com pessoas de áreas variadas.
Mas afinal, onde surgiu, qual o objetivo e como funciona um Coworking na prática? O MT Econômico preparou uma matéria especial para responder todas essas perguntas.
O crescimento desse segmento vem ocorrendo de forma contínua nos últimos anos, porém o pós pandemia tem acelerado esse processo. Os empreendedores e profissionais que se acostumaram ao home office, foram se sentindo cada vez mais isolados, tendo necessidade de interação social.
De acordo com dados de pesquisa realizada pela consultoria Newmark, o Brasil é o terceiro maior adepto do estilo de trabalho em ambiente compartilhado, ficando atrás somente da Espanha e do Reino Unido.
Ainda segundo o levantamento, além da forte adesão do estado de São Paulo, o triângulo mineiro e o Centro-Oeste apresentam expansão no interesse pelos Coworkings.
Mas afinal, onde surgiram esses escritórios compartilhados?
Origem
O Coworking foi inicialmente pensado como um espaço para aquele trabalhador que não necessariamente precisa de algo mais do que uma mesa, um notebook e uma boa internet, ou para aquele empreendedor que está iniciando sua carreira e não tem como montar um escritório.
Esse espaço possui a funcionalidade para atender muitas pessoas, de diversas áreas e proporcionando a interação social necessária no dia a dia do ser humano.
O termo Coworking foi criado em 1999 por Bernie de Koven, mas somente em 2005 foi ajustado a uma realidade, quando o engenheiro de softwares, Brad Neuberg, desenhou o primeiro escritório neste formato, o Hat Factory. Fundado em São Francisco, nos Estados Unidos, o escritório atraiu trabalhadores que queriam trocar experiências e, principalmente, construir ou aprimorar uma rede de networking.
De acordo com dados do estudo do Coworking Global, até o ano que vem (2024) deve existir 40 mil escritórios e 5 milhões de Coworkers (pessoas que frequentam esse espaço) ao redor do mundo. Atualmente, no Brasil, existem 2.443 escritórios espalhados majoritariamente pelo sudeste e sul do país.
Além da possibilidade de trabalho a um custo reduzido, estar ambientando em um Coworking possibilita interação social, networking e parcerias de negócios, o que depois da pandemia da Covid-19 e Lockdown, se tornou essencial para as pessoas.
Segundo dados do Censo Coworking, o número desses escritórios compartilhados cresceu 63% entre 2019 a 2023. Os escritórios, de uma forma geral, costumam ser bem organizados e com um ar profissional, muito similar a uma empresa estruturada, com a diferença que cada pessoa tem a sua própria demanda e trabalha para si.
Benefícios
Embora a sociabilidade seja importante, não é o único benefício proporcionado pelos escritórios compartilhados. É possível realizar a locação desses espaços e até mesmo comprar cotas, da qual o investidor pode usufruir para si próprio, para a equipe ou até mesmo alugar para terceiros, possibilitando geração de renda com aluguéis. Quem utiliza esse ambiente pode definir a melhor situação, se é por contrato mensal, semanal, dias ou horas.
Os ambientes geralmente costumam ter boa estrutura, contando com salas de reuniões, mesas, cadeiras, salas climatizadas, espaço para café e internet. Existem Coworkings até com academia.
Aumento de espaços Coworkings no Brasil
O primeiro Coworking surgiu no Brasil em 2008, inaugurado na cidade de São Paulo, o The Impact Hub (à época The Hub), é uma filial de uma rede londrina de escritórios compartilhados. Pouco tempo depois, surge o primeiro Coworking realmente brasileiro, o Ponto de Contato, e desde então, essa modalidade vem cada vez mais expandido para todas as partes do Brasil e ganhando mais atenção dos brasileiros.
De acordo com pesquisa da Woba Coworking, o principal censo desse mercado, São Paulo possui 35,54%, seguido de Minas Gerais com 12,87% e por último, o Rio de Janeiro com 7,92% dos CoWorks nacionais.
Já o Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul aparecem na pesquisa com menos de 7%, cada, dos escritórios compartilhados.
Apesar de ainda não ter números expressivos, o Centro-Oeste também está expandindo nesse mercado. Como essa região do país está constantemente em ascensão financeira, esse segmento também está tendo boa adesão.
Coworkings em Cuiabá
A capital do estado mato-grossense, Cuiabá, teve o seu primeiro Coworking inaugurado em 2012, o USE Coworking, a primeira experiência cuiabana com esse estilo de escritório.
De lá para cá surgiram outros com um modelo similar, espaços para locação de mesas e salas de escritórios com ambientes mais liberais. Somente no ano passado que surgiu o primeiro Coworking em Cuiabá onde é possível realizar a compra e não apenas realizar locação. Este espaço se chama To Work e fica localizado no final da avenida Tancredo Neves, próximo à Beira Rio, região das principais faculdades da capital e de inúmeras empresas. Segundo levantamento, é o único escritório até o momento em que é possível realizar aquisição.
Principais Coworkings em Cuiabá
- USE Coworking (aluguel)
- Coworking Pantanal (aluguel)
- ToWork Escritórios Inteligentes (aluguel e compra)
- Cuiabá Coworking (aluguel)
- Clã Coworking (aluguel)
- Top Coworking (aluguel)
- Quartel Coworking (aluguel)
- Santa Rosa Coworking (aluguel)
- G Complex (aluguel)
- JK Coworking Offices (aluguel)
- Ingá Negócios (aluguel)