Diante dos dados apresentados no Censo Demográfico 2022, na semana passada, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente ao aumento de 20,55% da população mato-grossense no comparativo com o Censo de 2010, o presidente da Fecomércio/MT, José Wenceslau de Souza Júnior, avalia que o crescimento populacional, três vezes maior que o registrado no País, contribui para o aquecimento da economia do Estado.
“De acordo com o censo, Mato Grosso conta com 3.658 milhões de habitantes, 623 mil a mais do que a última pesquisa. Este crescimento, segundo análise do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio (IPF/MT), coloca o Estado como o terceiro que mais cresceu no país, atrás somente de Roraima (41,25%) e Santa Catarina (21,78%), o que movimenta e impulsiona os setores produtivos dos municípios mato-grossenses”, destaca ele.
O Estado subiu três posições no ranking nacional na contagem de população, ocupando agora o 16º lugar. Entre os 141 municípios mato-grossenses, 50 obtiveram crescimento populacional e 91 reduziram sua população. Segundo o IPF/MT, mesmo tendo uma menor parte dos municípios com incremento da população, o Estado obteve um aumento no total estadual.
Para Wenceslau Júnior, a tendência é de “que cidades com agronegócio pulsante impulsionem outros setores, principalmente de comércio e serviços, gerando um atrativo econômico local e condições de geração de círculos familiares maiores”, explica ele.
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O destaque em Mato Grosso ficou para a cidade de Querência, que apresentou crescimento de 105,39%, passando de 13.033 para 26.769, detendo o sétimo maior em âmbito nacional. Os municípios de Lucas do Rio Verde (83,88%) e Nova Mutum (75,83%) ficaram com os respectivos segundo e terceiro lugares no estado.
Já a capital, Cuiabá, continua sendo o município com maior número de habitantes, chegando a 650 mil, e a cidade de Araguainha fica com o posto de menor número de habitantes no estado, com 1.010, sendo, inclusive, a quarta menor no país, variando, respectivamente, 17,66% e -7,85% no comparativo com o Censo de 2010.
Wenceslau Júnior conclui que “uma maior população dentro do Estado também impacta em mais verbas governamentais e, além disso, mostra como o comércio e serviços podem se fortalecer diante de um consumo maior, inclusive, com aumento na geração de emprego nesses setores, que são responsáveis por 61% dos trabalhos formais no Estado, gerando impactos positivos em todas as esferas econômicas”.