Mato Grosso foi o estado brasileiro que mais eliminou postos de trabalho com carteira assinada em novembro. Em outras palavras foi a Unidade da Federação que mais demitiu no mês passado. Entre admissões e demissões o saldo do mês foi negativo, em 4.252. Esse resultado reflete a movimentação de 40.045 contratações contra 44.306 desligamentos.
Além de Mato Grosso, Goiás (-2.387) e o Pará (-1.142) foram os estados que mais eliminaram postos de trabalho formais, aqueles com carteira assinada. Os dados são das Estatísticas Mensais do Emprego Formal do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
Essa retração no nível de empregabilidade coloca o mês de novembro como o pior, mesmo comparado com dois anos de pandemia. Em novembro de 2020 foram contabilizadas a geração de 2.635 vagas e em novembro de 2021 outras 2.600 foram criadas no Estado.
Das cinco mais importantes atividades econômicas de Mato Grosso, três fecharam com saldo negativo: agropecuária (-3.749), indústria (-1.425) e construção (-1.269). Apenas comércio com a criação de 1.398 vagas e serviços com expansão de 793 novos postos, fecharam no azul.
A queda na empregabilidade, refletiu no saldo anual de 2022. Na comparação anual considerando o intervalo de janeiro a novembro de 2021 ante 2022, conforme o Novo Caged, o resultado mostra retração de 17,18%, passando de uma geração de 77.015 postos de trabalho criados em 2021 para 65.723 nos primeiros onze meses deste ano.
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NACIONAL – O desempenho das atividades econômicas em Mato Grosso está em linha com o observado no Brasil. O País criou em novembro 135.495 postos de trabalho formal. O resultado positivo de novembro decorre do total de 1,748 milhão de admissões, ante 1,612 milhão de demissões. No ano, o saldo até novembro é de 2,466 milhões de empregos formais criados. O estoque total de carteiras assinadas no país chegou a 43,144 milhões.
O grupamento de atividade econômica que mais gerou vagas em novembro foi o comércio: 105.969 novos postos de trabalho. Nos serviços, foram 92.213 empregos criados. Houve queda, contudo, na indústria, que perdeu 25.707 vagas, devido a uma pressão negativa do setor sucroalcooleiro, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego.
Houve queda também na construção, com menos 18.769 postos, e na agropecuária, que teve redução de 18.211 trabalhadores formais.
O resultado ficou positivo também em quatro das cinco regiões do país. O Sudeste abriu o maior número de vagas, com saldo positivo de 84.164, seguido por Nordeste (29.213), Sul (20.750) e Norte (3.055). Houve queda de 773 postos de trabalho no Centro-Oeste.