Uma pesquisa realizada neste mês, pela fintech Onze, afirma que 74% dos brasileiros têm o dinheiro como maior preocupação. O número equivale a proporção de que 3 a cada 4 brasileiros estão aflitos. Logo depois vem a angústia pela família (60%), seguida pela saúde (57%) e pelo trabalho (44%).
Quando o assunto é dinheiro, as principais dificuldades apontadas pelos entrevistados foram o “conforto financeiro” e as dificuldades com seu patrimônio.
CONFORTO FINANCEIRO – “Financial comfort” ou conforto financeiro (no português) é a capacidade das pessoas ou empresas de se manterem estáveis economicamente. O termo não quer dizer que conseguir uma estabilidade financeira é, necessariamente, ter um salário ou outra fonte de renda fixa. O equilíbrio está em manter um padrão de vida de forma sustentável pelo máximo de tempo possível, sem que imprevistos coloquem tudo a perder.
Uma das formas de receber ajuda para colocar as contas em dia e organizar a vida financeira é a contabilidade pessoal, como explica Roger Mitchell, presidente da STLA Brazil. “A organização financeira de pessoas físicas, o registro de todas as operações financeiras realizadas por uma pessoa. Estas informações são usadas para o controle e gestão das finanças pessoais”, explica Roger Mitchel.
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BLINDAGEM PATRIMONIAL – A blindagem patrimonial é um termo utilizado, de forma equivocada, para instrumentos jurídicos e a planejamentos tributários que visam maior segurança jurídica a negócios e patrimônios dos empresários.
Para Richard, presidente da Trinta Porcento, uma forma muito utilizada para trazer essa segurança jurídica é constituir empresas que possuem natureza jurídica de holding. “O holding tem como propósito específico abrigar bens separando-se das empresas operacionais, o que proporciona a segurança do patrimônio, afastando cobranças oriundas das empresas operacionais, as que serão atacadas primeiro pelos credores. O holding proporciona alguns benefícios como vantagens fiscais e tributárias, sucessórias, econômicas e vantagem na redução da burocracia na transferência de bens”, conclui Richard.
ECONOMIA BRASILEIRA – O sistema econômico brasileiro, que sofre de severas crises após a pandemia, recebe agora uma das piores estatísticas já vividas. Já são oito meses seguidos com a inflação anual acima dos dois dígitos no Brasil, segundo mostra a prévia divulgada pelo IBGE. A Selic superou os 10% em fevereiro e foi elevada na última quarta-feira (4) para 12,75% ao ano, maior patamar desde 2017.
Já a taxa de desemprego ficou em 11,1% no 1º trimestre e se mantém em dois dígitos desde o final de 2015. Em 2021, por exemplo, a taxa de desemprego foi de 13,2%. Mesmo com a leve melhora, o País ainda sofreu com uma recessão econômica de 0,1% no terceiro trimestre de 2021. Segundo a série histórica do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a primeira recessão técnica ocorreu em 2001 com a crise na Argentina e atentados nos EUA.
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