A moeda norte-americana teve a maior alta de sua história segundo analistas. Antes, o recorde havia sido de R$ 4,1461, em 23 de setembro de 2015. O dólar chegou a ser cotado a R$ 4,1737.
Dólar turismo
O dólar turismo passava de R$ 4,40 nesta quinta-feira. Na Confidence, o dólar em espécie estava R$ 4,43 e no cartão pré-pago, R$ 4,66 (com IOF). Na Cotação, o valor para cada dólar em espécie era de R$ 4,42 e no cartão pré-pago, de R$ 4,65, também já com o IOF incluso. Na Vips Turismo, os valores eram de R$ 4,30 e R$ 4,55, respectivamente.
Motivos da alta
A manutenção da Selic) é um baque na credibilidade do BC. É o pior dos mundos: o mercado questiona a autonomia do BC e as expectativas de inflação pioram", disse à Reuters o superintendente regional de câmbio da corretora SLW João Paulo de Gracia Correa.
Anúncio da decisão também afirmaram que a decisão coloca em dúvida a credibilidade do BC. "A percepção que eu tenho é que estão fazendo da política monetária um brinquedo para satisfazer algumas vaidades", disse Otto Nogami, professor de economia do MBA do Insper. "Talvez a decisão até seja correta, talvez a política monetária não consiga mais conter inflação. Mas a maneira como eles chegaram da manutenção foi um desastre, falando sobre a comunicação", afirmou João Ricardo Costa Filho, professor da Faculdade de Economia da FAAP.
Após o fechamento dos negócios na véspera, o BC deixou a Selic inalterada em 14,25%, citando o aumento das incertezas globais e locais.
Além de piorar as perspectivas para o fluxo de capitais ao Brasil, a decisão turbinou as incertezas nos mercados locais, que até o início da semana apostavam em elevação de 0,50 ponto percentual.
Nos mercados externos, a queda dos preços do petróleo mantinha o quadro de cautela que vem predominando desde o início do ano. A decisão da China de injetar recursos no mercado antes do feriado do Ano Novo Lunar, porém, limitava um pouco o mau humor externo.
Interferência do BC
O Banco Central brasileiro deu continuidade ao seu programa diário de interferência no câmbio, e realizou nesta manhã mais um leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, vendendo a oferta total de até 11,6 mil contratos. Até o momento, o BC já rolou o equivalente a US$ 7,891 bilhões, ou cerca de 76% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.