A economia afetiva é um mercado particularmente novo e que vem impactando cada vez mais as empresas, desde a pandemia. De forma crescente e acentuada, o consumidor tem a necessidade de comprar mais do que apenas um produto ou serviço, além de se preocupar em como aquela determinada empresa se posiciona com relação a importantes causas sociais.
Essa mudança no perfil do consumidor e a necessidade dessa economia mais afetiva ocorreu, principalmente, por conta do avanço da internet e das mídias sociais.
Mas afinal, o que é a economia afetiva? O MT Econômico preparou essa matéria especial para explicar os principais aspectos do tema.
O termo “economia afetiva” ou “lovemarks” foi utilizado pela primeira vez em 2006, pelo autor Henry Jenkins em seu livro Cultura da Convergência em que expõe o conceito dessa cultura em três vertentes: o uso complementar de diferentes mídias, a produção cultural participativa e a inteligência coletiva.
Foi também nesse livro que Jenkins identificou a relação entre consumidores e mercado após os avanços das redes sociais, já que a partir desse marco, as pessoas têm plena liberdade para expor suas opiniões na internet sobre determinado produto adquirido.
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Dessa forma, as empresas começaram a se preocupar em entregar produtos menos impessoais e ao invés de vender apenas o objeto em si, elas passam a vender um sonho ou um ideal.
E quanto aos consumidores, eles tendem a comprar aquele produto e imediatamente avaliá-lo e é assim que outras pessoas são atraídas ou repelidas para aquele objeto.
Um exemplo disso, são as pessoas que compram determinada coisa porque um influencer que acompanha fez um bom review sobre aquele produto, ou como as empresas respondem de maneira rápida a um post sobre uma experiência negativa sobre o seu produto.
O modus operandi da economia afetiva exige que as empresas se tornem mais humanizadas e tragam para os consumidores uma experiência positiva sobre o produto e que venda mais do que apenas objetos e seja mais do que uma relação imparcial.
A forma como as empresas se posicionam com relação a causas sociais também conta na decisão de compra das pessoas. Já que hoje, boa parte dos consumidores estão engajados em movimentos sociais e se determinada empresa polui demais ou tem inclinações racistas ou sexistas, ela pode se preparar para perder muitos clientes.
Uma outra forma de criar vínculo com os clientes é investir em itens personalizados, já que cada vez mais, esses produtos caem no gosto das pessoas, sejam camisetas com estampa de artistas ou bandas, à canecas com o rosto daquela pessoa especial.
Em suma, a economia afetiva é o que há de novo e não há indícios de que irá embora tão cedo. Portanto, pensar no bem estar do quadro de funcionários, ajudar em causas sociais e ser mais sensível com o cliente, pode ajudar a sua empresa a construir laços mais fortes com os seus consumidores.