Após um ano de uma crise contábil – depois de revelar um rombo na ordem de R$ 20 bilhões em janeiro de 2023 – a Americanas se tornou uma rede de varejo menor em sua operação física e saiu das primeiras posições entre as empresas mais acessadas no e-commerce, passando a ocupar o 6º lugar, segundo dados do BTG Pactual.
A companhia fechou uma loja a cada três dias, demitiu 10.637 colaboradores e perdeu 93% de valor de mercado, caindo de aproximadamente R$ 11 bilhões para R$ 785 milhões. O exercício de 2022 foi fechado com prejuízo de quase R$ 13 bilhões, enquanto o patrimônio líquido foi negativo em R$ 26,7 bilhões e a dívida líquida chegou a R$ 26,3 bilhões.
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Em 31 de dezembro de 2023, a Americanas somava 32.486 colaboradores sob o regime CLT, contra 43.123 em janeiro, um dia após ter anunciado as “inconsistências contábeis”, o que representa uma redução de 25%. Já em números de lojas, eram 1.880 em janeiro de 2022. Atualmente, são 1.754 unidades. No e-commerce, a empresa chegou a ter apenas 4,3% das vendas pela internet no Brasil.
Reestruturação – Em processo de recuperação judicial, a Americanas afirma que vai gerar caixa a partir de 2025. O plano, aprovado por 97,19% dos credores em dezembro, prevê a capitalização de R$ 24 bilhões, sendo R$ 12 bilhões pelos acionistas de referência e outros R$ 12 bilhões em conversão de dívida pelos credores. “Este acordo é um marco importante de nosso processo de recuperação judicial e um significativo progresso da Americanas no caminho para a nossa meta de emergir como uma empresa mais forte, mais competitiva”, comentou Leonardo Coelho, CEO da companhia. (Com GiroNews)