Mais uma vez, a alta sobre os preços de bomba do etanol hidratado nos postos revendedores de Cuiabá e Várzea Grande, surpreendeu os motoristas. Como o MT Econômico sempre monitora, o valor cobrado dos consumidores regista aumento de cerca de R$ 0,70, em um intervalo de 20 dias. Entre 18 e 19 de julho, o valor médio saltou de R$ 3,49 para R$ 3,99. Já ontem (8), se confirmou mais uma majoração que tirou o preço de bomba de R$ 3,99 para R$ 4,19. Esse é o segundo maior preço do ano e um dos recordes ao consumidor.
Nesse novo movimento de alta, a maior parte dos postos passou a exibir o valor de R$ 4,19, mas há postos com o litro a R$ 4,17.
Sem uma explicação oficial, os consumidores fazem as argumentações que ficam sem resposta: Como pode o maior produtor de etanol de milho do país ter um preço tão alto assim? Mato Grosso está em plena safra das duas matrizes que produzem o etanol, a cana e o milho, como o preço sobe? Imaginem na entressafra? A adição de mais etanol na gasolina não era para reduzir os preços?
Dentro dos postos, ninguém explica a alta. A justificativa é sempre a mesma: “Mandaram aumentar”. Nesse novo contexto, o trabalhador que pegava cerca de R$ 175 para encher o tanque (50 litros) a R$ 3,49, há menos de um mês, agora amarga um desembolso de R$ 209 para comprar a mesma quantidade do biocombustível.
Em nota enviada à reportagem do MTTV 1ª edição, ontem (8), o Sindipetróleo informou que monitora apenas o cenário macroeconômico, ou seja, os praticados em usinas, refinarias e distribuidoras, e não interfere nos preços praticados pelos postos, os quais operam sob a lógica da livre concorrência. A entidade acrescentou que cada empresa decide se repassa ou não os reajustes, de acordo com seus custos e estratégias.
Já o Procon Estadual, por sua vez, comunicou que os preços são monitorados semanalmente. Já o Procon Municipal declarou que irá notificar o Sindipetróleo para questionar a razão desse aumento.
MAIS ETANOL NA GASOLINA – Desde o dia 1º de agosto, estão em vigor as novas misturas obrigatórias de biocombustíveis no país: o etanol passa para E30 e o biodiesel para B15, ou seja, elevando de 14% para 15% a proporção de renováveis nos combustíveis fósseis. A medida, aprovada pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), tem como objetivo reduzir a dependência do Brasil em relação à importação de combustíveis fósseis, especialmente em um momento de instabilidade no mercado global de energia.
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