Levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF/MT) traz mais um aumento de preços sobre o valor médio da cesta básica, em Cuiabá, valor que rompe novamente o teto, em um intervalo de apenas uma semana. A variação semanal é terceira registrada em novembro.
Mesmo que a majoração de uma semana para outra tenha sido menor, 0,31%, o avanço foi suficiente para encarecer o preço da cesta básica em mais R$ 2,38, elevando o custo – pela segunda semana consecutiva – ao maior valor da série histórica: R$ 757,86.
Diferentemente do ocorrido na semana passada, onde 12 dos 13 itens que compõem a cesta apresentaram aumento no preço, esta semana, pouco mais da metade dos produtos registrou redução no preço. O destaque foi para o leite (-4,99%), reflexo das temperaturas mais baixas e o surgimento de chuvas em regiões produtoras.
Já o tomate não se beneficia das baixas temperaturas, o que diminui a oferta do produto nos mercados e eleva preço, dessa vez em mais 8,61%, passando de R$5,60/kg na primeira semana de novembro para R$ 7,33/kg na semana atual.
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O diretor de Pesquisas e superintendente da Fecomércio/MT, Igor Cunha, também destaca a forte influência climática na variação do preço dos produtos. “As temperaturas mais baixas e as chuvas beneficiam a produção do leite e manteiga, por exemplo. Além disso, o óleo de soja e a farinha de trigo mostram preços mais estáveis, favorecendo diversos produtos que possuem esses itens como insumo”.
O açúcar é outro produto que voltou a registrar queda no preço, de 3,78%, após três semanas de alta. Custando em média R$ 3,80 o quilo, o preço voltou a atingir patamar averiguado no final de outubro. Segundo análise do IPF/MT, o conjunto entre a diminuição do dólar em períodos anteriores e uma estabilidade nos preços da gasolina pode ter influenciado a queda em seu preço.
Igor Cunha reitera que diferente do ocorrido na semana passada, o aumento no indicador ficou concentrado em menos da metade dos itens da cesta. “Como existe uma maioria de itens em queda no preço, isso facilita o manejo do orçamento das famílias, como é o caso do açúcar e do leite, sendo esse último importante para o consumo, e pode ajudar no impacto de outros alimentos”.