Um estudo da Serasa Experian identificou as Unidades Federativas (UFs) com a maior concentração de empresas com as melhores pontuações de crédito (Score PJ), ou seja, a faixa de 601 a 1000 pontos, considerada ideal para aumentar as chances de conseguir financiamentos e comprar a prazo. Na análise, Santa Catarina se destaca, com quase 1/3 das empresas (28,5%) com score considerado alto. O Paraná (20,6%), o Rio Grande do Sul (20,3%), Minas Gerais (18,2%) e Rondônia (16,0%) formam o ranking com o top cinco estados. Mato Grosso vem na sexta posição com 15,7% de suas empresas com as melhores pontuação de crédito, sendo o estado com a melhor performance do Centro-Oeste.
O levantamento também trouxe uma análise inédita do Score PJ, avaliando em quais estados estão as empresas com pontuação acima de 800, e os três estados do Sul lideraram esse ranking, com Santa Catarina (11%), Paraná (7,2%) e Rio Grande do Sul (6,6%) na sequência.
O estudo traz ainda o recorte de Score PJ dividido entre: comércio, indústria, serviços e setores primários da economia. Olhando UF a UF, o setor primário é o que concentra o maior número de empresas com Score acima de 601, considerado com baixa tendência a inadimplência. Dos 26 estados considerados mais o Distrito Federal, em 23 deles esse é o campo que concentra o maior número de empresas com Score PJ ideal.
Quando olhamos detalhadamente para cada segmento, a região Sul segue como líder em cada um deles. No comércio, Santa Catarina é a primeira colocada, concentrando 39,9% dos CNPJs com pontuação entre 601 e 1.000 e 19,3% na faixa acima de 800. Na sequência, estão Paraná com 30,9% na faixa acima de 601 e 13,8% acima de 800 e Rio Grande do Sul, com 28,7% e 11,6%, respectivamente.
Na indústria, os melhores CNPJs também estão localizados em Santa Catarina. 31,5% estão com Score PJ acima de 601 e 14,5% acima de 800. Em seguida, estão Rio Grande do Sul, com 25,1% e 11,2%, respectivamente, e Paraná, com 21,9% e 9,5%.
Santa Catarina também é líder na categoria serviços. 23,9% das empresas que atuam no setor estão no patamar ideal e 7,3% estão acima de 800. Na sequência, a região Sul segue bem-posicionada no ranking, com Paraná tendo 16,3% das empresas na categoria ideal e 4,2% no recorte acima de 800. Rio Grande do Sul apresenta 16% e 3,9%, respectivamente.
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Por fim, olhando para o setor primário da economia, Santa Catarina é mais uma vez a líder, com 42,5% e 18,5% das empresas acima de 601 e 800, nesta ordem. Mato Grosso do Sul é novidade no ranking, com 39,7% de CNPJs na faixa ideal. Considerando essa parcela, Paraná é o terceiro colocado com 38,5%. Na faixa acima de 800, há mudança no ranking. Em segundo lugar está o Paraná, com 14% e em terceiro o Rio Grande do Sul, com 11,4%. O Mato Grosso do Sul vem na sequência, com 10,6%.
Dados da Serasa Experian também mostram que, enquanto 70% dos consumidores têm score pessoa física (PF) acima de 500, as empresas (Score PJ) estão numa situação inversa: 79,7% das companhias têm a pontuação abaixo de 500. “Assim como a reputação pessoal influencia a vida financeira de um indivíduo, os negócios também devem reconhecer a importância do seu Score. Uma boa pontuação não apenas reflete a saúde financeira do empreendimento, mas também facilita a obtenção de crédito e parcerias vantajosas. Da mesma forma que cuidamos do nosso histórico pessoal, empreendedores também devem zelar pela integridade da saúde financeira e Score CNPJ, honrando compromissos, negociando dívidas e construindo uma imagem sólida no universo empresarial”, declara o vice-presidente de Pequenas e Médias Empresas da Serasa Experian, Cleber Genero.
Como entender a pontuação do Score PJ?
0 a 100: são empresas que podem estar em uma situação financeira bastante complicada, com dívidas constantes e que representam um alto risco de inadimplência
101 a 250: essa é uma pontuação mais moderada, isso quer dizer que o risco de inadimplência é menor, mas ainda é possível. Geralmente, o acesso a crédito é menos restrito do que o anterior
251 a 600: essa é uma posição média, a empresa pode ainda ter alguns problemas financeiros, mas consegue se manter estável e tem condições futuras de obter ofertas de créditos melhores. Nesse sentido, tem ofertas de créditos melhores
601 a 1000: a partir daqui, são as empresas com uma boa reputação no mercado, que conseguem manter suas contas no azul. O risco de inadimplência é baixo.